Quarta, 03 Julho 2024 13:25
DEFESA DO EMPREGO

Sindicato do Rio realiza protesto contra demissões no Bradesco

Atividade, que teve paralisação parcial em unidade da Cinelândia, no Centro, fez parte do Dia Nacional de Luta
Dirigentes sindicais do Rio criticaram as demissões no Bradesco, em atividade pelo Dia Nacional de Luta Dirigentes sindicais do Rio criticaram as demissões no Bradesco, em atividade pelo Dia Nacional de Luta Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira (3), uma manifestação na agência Cinelândia (3176), no Centro da cidade. O ato contou com uma paralisação parcial do prédio, onde fica a diretoria do banco, no Rio. 

Basta de demissões 

O protesto é uma resposta ao processo de reestruturação no banco, que tem extinguindo centenas de agências físicas em todo o país e demitido funcionários. 

A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta no Bradesco. 

"Conversamos com os funcionários e os clientes sobre a reestruturação e seus impactos no emprego e na saúde dos bancários e também no atendimento à população. Foi uma atividade com uma boa recepção por parte da categoria e da população", disse o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff. 

Os sindicalistas criticaram ainda o adoecimento dos bancários, em função da política de metas do banco, que impõe sobrecarga de trabalho, pressão e assédio moral. 

A categoria bancária é hoje uma das que possuem o maior número de trabalhadores vítimas de doenças psíquicas no trabalho. 

Campanha Salarial 

Os dirigentes sindicais aproveitaram a ocasião para convocar a categoria a participar das atividades da Campanha Nacional da categoria. 

"Convocamos os bancários e bancárias a participarem da campanha salarial e a fortalecerem as entidades sindicais, ajudando na ampliação do número de trabalhadores sindicalizados. É a pressão da categoria que poderá fazer com que os bancos atendam nossas reivindicações nas mesas de negociação", explicou a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso.  

"Apesar da redução do resultado em 2023 em função do escândalo da Americanas, o Bradesco lucrou R$ 16,297 bilhões no ano, um ganho que poucas empresas no país possuem. Não há nenhuma justificativa para demitir tantos trabalhadores ", ressaltou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, que também participou do protesto no Rio.

Em 2023 o Bradesco demitiu 2.159 trabalhadores e o processo de extinção de agências físicas e dispensas continua em grande escala em 2024. O emprego é uma das prioridades da Campanha Nacional da categoria, aprovada na 26ª Conferência Nacional realizada este ano. 

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