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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira (3), uma manifestação na agência Cinelândia (3176), no Centro da cidade. O ato contou com uma paralisação parcial do prédio, onde fica a diretoria do banco, no Rio.
Basta de demissões
O protesto é uma resposta ao processo de reestruturação no banco, que tem extinguindo centenas de agências físicas em todo o país e demitido funcionários.
A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta no Bradesco.
"Conversamos com os funcionários e os clientes sobre a reestruturação e seus impactos no emprego e na saúde dos bancários e também no atendimento à população. Foi uma atividade com uma boa recepção por parte da categoria e da população", disse o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
Os sindicalistas criticaram ainda o adoecimento dos bancários, em função da política de metas do banco, que impõe sobrecarga de trabalho, pressão e assédio moral.
A categoria bancária é hoje uma das que possuem o maior número de trabalhadores vítimas de doenças psíquicas no trabalho.
Campanha Salarial
Os dirigentes sindicais aproveitaram a ocasião para convocar a categoria a participar das atividades da Campanha Nacional da categoria.
"Convocamos os bancários e bancárias a participarem da campanha salarial e a fortalecerem as entidades sindicais, ajudando na ampliação do número de trabalhadores sindicalizados. É a pressão da categoria que poderá fazer com que os bancos atendam nossas reivindicações nas mesas de negociação", explicou a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso.
"Apesar da redução do resultado em 2023 em função do escândalo da Americanas, o Bradesco lucrou R$ 16,297 bilhões no ano, um ganho que poucas empresas no país possuem. Não há nenhuma justificativa para demitir tantos trabalhadores ", ressaltou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, que também participou do protesto no Rio.
Em 2023 o Bradesco demitiu 2.159 trabalhadores e o processo de extinção de agências físicas e dispensas continua em grande escala em 2024. O emprego é uma das prioridades da Campanha Nacional da categoria, aprovada na 26ª Conferência Nacional realizada este ano.