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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Filas enormes que vão para fora da agência e viram o quarteirão. Reclamações de clientes tensos e revoltados, tumultos e funcionários estressados e sobrecarregados. Este é o quadro caótico nas agências do Bradesco em Campo Grande, na Zona Oeste, e Bonsucesso, na Região da Leopoldina.
A situação que se espalha em praticamente todas as unidades do Rio de Janeiro, onde o banco faz crescer o número de demissões, é o resultado do processo de extinção de agências. Até a retirada de caixas eletrônicos, uma medida injustificável, faz aumentar as filas e o tempo de espera da população nas unidades.
Dirigentes do Sindicato do Rio visitaram as unidades nos dois bairros e confirmaram a dificuldade enfrentada pela população e o drama cotidiano dos bancários.
"A situação nas agências do Bradesco é simplesmente caótica e vimos a gravidade do problema em Campo Grande e Bonsucesso. O Sindicato tem recebido seguidas denúncias dos bancários. Além de tirar o emprego da categoria, o banco desrespeita os clientes e adoece os funcionários com sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções e metas desumanas", disse o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
Queixas aumentam
O Bradesco, desde 2023, vem se consolidando ora como o terceiro, ora como o quarto banco com maior número de queixas de clientes e usuários, segundo ranking do Banco Central.
De janeiro a março de 2024, o líder em reclamações é o banco Inter que atingiu 24,06 pontos, resultado de 741 reclamações procedentes em um universo de 30,8 milhões de clientes. Na sequência vieram o BTG Pactual/Banco Pan (22,25 pontos), o Pagbank-Pagseguro (21,65 pontos e o Bradesco (15,43 pontos), que superou o espanhol Santander (10,91 pontos).
"Estamos há quase três anos numa campanha direta pelo direito da população ao atendimento presencial na boca do caixa das agências do Bradesco e denunciando esta situação que chegou a uma condição desumana e insustentável. E quem mais sofre com essa política do banco é o bancário, que quando não é demitido adoece e os idosos que têm dificuldade com operações nas plataformas digitais e precisam do atendimento pessoal ", avalia o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz.
O Sindicato promete intensificar os protestos no banco e denunciar os casos aos órgãos de defesa do consumidor.