Quarta, 22 Novembro 2023 16:07

Dirigentes sindicais do Bradesco da base do Estado do Rio debatem demandas dos funcionários

Seminário foi realizado nesta quarta-feira (22), no Sindicato do Rio
O coletivo de dirigentes sindicais do Bradesco da base estadual do Rio debateu os principais problemas dos funcionários no banco O coletivo de dirigentes sindicais do Bradesco da base estadual do Rio debateu os principais problemas dos funcionários no banco Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Os sindicatos e a Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) da base estadual realizaram nesta quarta-feira (22), um seminário com dirigentes sindicais do Bradesco. 

Foram debatidos os principais problemas que afligem os bancários e bancárias do banco, como o fechamento de agências físicas, as demissões em massa, a sobrecarga de trabalho e o adoecimento da categoria em função da pressão e do assédio moral para atingimento de metas. 

Protestos continuam

Foi definido ainda a continuidade de um calendário de lutas rm nível estadual (confira, em breve, no Jornal Bancário). O coletivo de dirigentes sindicais do Bradesco há mais de um ano realiza seguidos protestos e paralisações para que as reivindicações dos funcionários sejam atendidas e o movimento sindical pede a abertura de mais diálogo com a direção do banco e exige responsabilidade social.

"O Bradesco tem tentado impedir clientes de serem atendidos nas baterias de caixas presenciais, o que fere o direito do consumidor, fato que temos denunciado à sociedade com protestos nas agências e com denúncias no Ministério Público", disse com exclusividade para o site do Sindicato do Rio,  o diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicatodo Rio, Geraldo Ferraz. 

Defesa do emprego

Para o também diretor do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff, a luta do movimento sindical pelo atendimento presencial à população é também em defesa dos empregos da categoria. 

"Não vamos aceitar que o Bradesco e demais bancos privados continuem a promover o adoecimento de bancários e a tentativa de exterminar uma categoria tão valorosa, que com suor e sacrifício, garante bilhões de lucros ao sistema financeiro", explicou Leuver. 

Participação  Nacional

O encontro desta quarta (22) no Rio contou ainda com a participação via zoom da coordenadora nacional da COE do Bradesco, Magaly Fagundes. O presidente do Sindicato do Rio José Ferreira enviou um vídeo saudando o aguerrido coletivo de sindicalistas do segundo maior banco privado do país.

Números do Dieese

oram trazidos ainda, números do Dieese sobre o emprego no banco. Apesar de ter lucrado R$13,4 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, a holding Bradesco encerrou o terceiro trimestre  com 86.102 funcionários,  com 2.262 postos de trabalho fechados em doze meses. Foram extintos, em um ano, 117 agências físicas, 206 postos de atendimento e 34 unidades de negócios. O estudo apresentado mostra ainda que o sistema financeiro é o setor que mais investe em novas tecnologias e Inteligência Artificial,  o que na prática,  ameaça os empregos da categoria. 

Categoria adoecida

saúde é outro grave problema apontado pelo levantamento do Dieese no setor. Cresce vertiginosamente o número de bancários adoecidos em função da política de pressão por metas. O número de trabalhadores que toma medicamentos controlados este ano representa 41,9% da categoria,  bem superior aos 35,5% apontados em 2022. 

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