Quinta, 16 Novembro 2023 15:11

Sindicato realiza novo protesto contra fechamento de agências e demissões no Bradesco

Atividade retardou a abertura da unidade da Conde de Bonfim, 160, na Tijuca, que também será extinta
Dirigentes sindicais do Rio protestaram contra a extinção de mais uma agência pelo Bradesco, desta vez na Tijuca, Zona Norte do Rio Dirigentes sindicais do Rio protestaram contra a extinção de mais uma agência pelo Bradesco, desta vez na Tijuca, Zona Norte do Rio Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato do Rio realizou nesta quinta-feira (16), mais um protesto contra a extinção de agências físicas, demissões e adoecimento de bancários no Bradesco. Houve retardamento na abertura da unidade da Conde de Bonfim,  160, na Tijuca (2755) que só funcionou depois das 11h. O banco informou ao público que extinguirá mais esta agência no próximo dia 18 de novembro. 

Medo de demissão 

O anúncio do fechamento da agência gerou medo e aflição entre os empregados, que temem pelos seus empregos. 

"Os funcionários estão muito apreensivos, com medo de demissão e os clientes estão  revoltados com a notícia de que esta será mais uma agência extinta pelo Bradesco. O banco está também sobrecarregando os empregados das unidades que continuam a funcionar, que acabam tendo de atender os clientes das agências fechadas, e cria uma grande dificuldade para os clientes do bairro", declarou o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão Executiva dos Empregados), Leuver Ludolff.

"Nós continuaremos a realizar protestos pela manutenção dos empregos e por um atendimento digno aos clientes e usuários", disse o diretor executivo da Secretariade Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz. 

Lucros exorbitantes 

O que mais revolta a categoria é que o Bradesco demite em massa, mesmo com lucros exorbitantes.  O banco obteve Lucro Líquido Contábil de R$ 13,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2023. Apesar de o resultado representar uma queda de 30,5% em relação ao mesmo período de 2022, os ganhos da segunda maior instituição privada do sistema financeiro nacional tiveram no trimestre, um crescimento de 2,3%. 

"O Bradesco, como os demais bancos privados,  ganham rios de dinheiro e, mesmo assim, demitem trabalhadores,  jogando famílias inteiras na miséria", criticou o diretor do Sindicato,  Sérgio Menezes.  

A holding Bradesco encerrou o 3º trimestre com 86.102 funcionários, fechamento de 2.272 postos de trabalho em doze meses (e abertura de 818 no trimestre). A base de clientes diminuiu em 0,8 milhão em relação a setembro de 2022, totalizando 71,7 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechadas 117 agências, 206 postos de atendimento e 231 unidades de negócios em 12 meses (33 agências e 24 postos de atendimento foram fechados e 34 unidades de negócios foram abertas em relação ao trimestre imediatamente anterior. 

"Os banqueiros estão tentando  extinguir a nossa categoria, tanto que crescem outras formas de contratação de trabalhadores sem a cobertura dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, como terceirizados e trabalhadores da área de TI [Tecnologia da Informação), tudo para acumular mais capital de forma avarenta e desumana ", criticou o diretor do Sindicato,  Marcelo Rodrigues. 

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