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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Numa atitude considerada positiva, o Bradesco apresentou ao Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, na sede da entidade, a nova diretora Regional do banco, Deborah Campani. Participaram do encontro o presidente do Sindicato, José Ferreira, o representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Leuver Ludolff, a presidenta e o diretor da Secretaria de Bancos Privados da Federa-RJ, respectivamente, Adriana Nalesso e Fabiano Júnior, além do vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. Pelo banco, entre outros, esteve, além de Deborah, a diretora de Relações Sindicais, Eduara Cavalheiro e Marcos Bartelt, analista de Relações Sindicais.
“A apresentação gera uma expectativa de mudança na relação que o banco vem tendo com os bancários e bancárias, que sofrem com as demissões, a sobrecarga de trabalho que isto gera e a pressão por metas que tem feito aumentar o adoecimento”, afirmou o presidente do Sindicato, José Ferreira.
Leuver Ludolff, dirigente da COE e do Sindicato também avaliou a reunião como positiva. “Aproveitamos para reivindicar o fim das demissões, do assédio moral para o cumprimento de metas abusivas, e que isto seja revertido de imediato até porque chegamos a uma situação extremamente grave de adoecimento por causas psíquicas, com 42% dos bancários e bancárias tendo que tomar medicamentos de tarja preta, segundo pesquisa recente da Contraf-CUT”, frisou.
Os representantes do Bradesco ouviram as denúncias sobre o uso de ameaças e outros métodos de pressão sistemática para o cumprimento de metas e a cobrança de que isto acabe. A presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, registrou ser uma das maiores preocupações o agravamento do adoecimento bancário. “Não temos a menor dúvida de que isto tem que acabar. Existe a sobrecarga que está ligada às demissões, mas o principal gerador é a pressão absurda por metas”, disse.
O vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, fez questão de frisar que este é um problema que acontece no Bradesco em todo o país. “Tem que mudar a forma de estimular que se atinjam as metas. Não é possível o uso de pressão com ameaças. Vamos continuar cobrando esta mudança”, afirmou.
Foi comum entre os dirigentes bancários o registro de que o banco vem restringindo o acesso dos clientes às agências. Leuver lembrou que o fato mostra uma contradição entre o que diz e o que faz o Bradesco, que, recentemente, divulgou comunicado aos gestores afirmando não poder ser imposta qualquer restrição ao acesso ao que chamou de atendimento convencional, ou seja, aos caixas humanos. “O banco ficou de reforçar a orientação”, disse Leuver.