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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente - que exclui efeitos extraordinários no resultado - de R$ 8,8 bilhões, no 1º semestre de 2023. O resultado representa queda de 36,5% em relação ao mesmo período de 2022.
No segundo trimestre, houve lucro de R$ 4,52 bilhões, crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,28 bilhões).
Na comparação trimestral, houve crescimento de 5,6%, já que o lucro líquido recorrente no 2º trimestre foi de R$ 4,52 bilhões, frente a R$ 4,28 bilhões do trimestre anterior. Já em relação ao primeiro semestre, o resultado representou queda de 36,5% em relação ao mesmo período de 2022
“Os bancos privados não tiveram as perdas que alegam no semestre como apresentam os números oficiais. Na verdade, usam a estratégia de elevar a Previsão para Devedores Duvidosos {PDD},que foi de R$ 9,3 bilhões. Este valor bilionários ficam nos cofres do banco e é uma garantia para que os bancos não percam um centavo com possíveis calotes gerados pelos próprios juros praticados pelo setor, que são os maiores do mundo, e mantidos pelo representante do cartel do sistema financeiro na presidência do bANCO central”, explicou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
Demissões e mais exploração
Apesar de lucrar mais do que qualquer outro setor da economia, os bancos continuam demitindo trabalhadores em massa. A holding Bradesco encerrou o primeiro semestre com 85.284 empregados, fechando 2.845 postos de trabalho em doze meses, sendo 928 no trimestre. O banco extinguiu 139 agências, 316 Postos de Atendimentos (PABs) e 245 unidades de negócios. Somente no segundo trimestre, foram fechadas 68 agências; 110 PAB’s e 68 unidades de negócios.
O movimento sindical promete ampliar a campanha “A Vergonha Continua Bradesco” nas redes socais, além de novas atividades nos locais de trabalho.
“A extinção de agências e as demissões sobrecarregam os funcionários que continuam trabalhando nas unidades. Não param de crescer as denúncias de pressão e assédio moral com metas desumanas, adoecendo os trabalhadores. Não é por acaso que, mesmo respondendo por 1% do emprego formal no Brasil. A categoria representa 25% das licenças pelo INSS, conforme foi revelado pelo Dieese na Conferência Nacional”, disse o diretor do Sindicato, Marcelo Rodrigues. O dirigente sindical destaca ainda que os sindicatos vão continuar denunciando o fato de o Bradesco negar o acesso de clientes e usuários ao atendimento presencial, o que fere as leis de direitos do consumidor. Os idosos e os mais pobres são os maiores prejudicados pela postura do banco.