Quarta, 10 Mai 2023 18:16

Sindicato apura boicote do Bradesco no atendimento aos clientes

Com demissões e número insuficiente de caixas eletrônicos, clientes, impedidos de entrar na agência Campo Grande, se aglomeram no auto-atendimento Com demissões e número insuficiente de caixas eletrônicos, clientes, impedidos de entrar na agência Campo Grande, se aglomeram no auto-atendimento

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Imprensa SeebRio

Com o objetivo de apurar denúncias de que o Bradesco vem boicotando o atendimento aos clientes, diretores do Sindicato fizeram uma fiscalização nas agências Campo Grande, na terça-feira (9), e Haddock Lobo (Tijuca), nesta quarta (10). O trabalho foi feito a partir de informações de clientes de que, em Campo Grande, o banco havia reduzido absurdamente o número de bancários nos caixas, tendo, na Tijuca, também desativado caixas eletrônicos e demitido atendentes, para que só restassem aos correntistas os canais digitais.

Durante a fiscalização os diretores do Sindicato entraram em contato com a área de Recursos Humanos do Bradesco, cobrando providências em relação ao atendimento. Mas não houve resposta.

Dirigente do Sindicato e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Leuver Ludolff disse que a política do banco é cortar custos para ampliar ainda mais seu lucro, barrando o atendimento da população nos caixas humanos, mesmo sendo o serviço obrigatório, como previsto no normativo 4.746 do Banco Central.

“Após vários atos de protesto do Sindicato e denúncias à sociedade, houve repercussão nos meios de comunicação e o Bradesco voltou atrás emitindo no dia 14 de abril um normativo determinando que fosse feito um atendimento de qualidade aos clientes nos caixas. Mas, por ordem dos gestores regionais, algumas agências continuaram a barrar e dificultar o atendimento. Nós, do Sindicato do Rio de Janeiro, iremos continuar com nossos atos, reivindicando o atendimento presencial”, afirmou Leuver.

Pressão vai continuar

Na fiscalização de Campo Grande estiveram presentes os diretores Leuver, Geraldo Ferraz, Jô Araújo Carlos Broca; e, na Tijuca, Walderlei Ferreira (Jacaré), Sérgio Menezes, Arlesen Tadeu e Sérgio Montanha.

Sérgio Menezes disse que na fiscalização da Tijuca foi constatada a falta de funcionários e caixas de auto-atendimento. “O Bradesco fecha agências, demite e sobrecarrega os que ficam, causando a queda brutal na qualidade do atendimento”, disse. Geraldo Ferraz, também dirigente do Sindicato, adiantou que tanto as fiscalizações, quanto os protestos vão continuar.

“O Bradesco vem demitindo e retirando caixas eletrônicos para forçar os clientes a usar somente os meios digitais para fazer operações bancárias. Iremos cobrar uma solução do banco, caso contrário, faremos atos e também denúncias aos órgãos competentes, pelo atendimento nas agências relatadas”, avisou.

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