Sexta, 05 Mai 2023 16:40

Bradesco lucra mais de R$ 4 bi no primeiro trimestre, mas demite e extingue agências

A campanha do Sindicato contra o fechamento de agências, as demissões e em defesa do direito dos clientes ao atendimento presencial está a todo vapor A campanha do Sindicato contra o fechamento de agências, as demissões e em defesa do direito dos clientes ao atendimento presencial está a todo vapor Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 4,280 bilhões, no 1º trimestre de 2023. Apesar do resultado representar uma queda de 37,3% em relação ao mesmo período de 2022, houve um extraordinário crescimento de 168,3% quando comparado ao resultado do 4º trimestre do mesmo ano.

Campanha do Sindicato

Apesar das despesas de pessoal mais PLR crescerem 8,7% no período, somando R$ 5,6 bilhões, a cobertura desses custos pelas receitas de prestação de serviços e tarifas do banco foi de 122,7%.

“O Bradesco, mesmo fazendo parte do setor mais lucrativo do país, continua demitindo trabalhadores em massa e extinguindo agências físicas. Apesar de anunciar um recuo em relação as dificuldades de atendimento nas agências, os clientes continuam se queixando que não estão tendo acesso ao atendimento presencial nas unidades, por isso, nós vamos continuar denunciando esta postura do segundo maior banco privado do Brasil, com atos nas agências, paralisações e campanhas nas redes sociais”, destacou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.

Encerramento de atividades

Números oficiais comprovam as denúncias do movimento sindical: a holding começou 2023 com 86.212 empregados, com queda de 1.276 postos de trabalho em doze meses e de 2.169 postos fechados no trimestre imediatamente anterior. Em 12 meses foram encerradas 93 agências e 174 unidades de negócio, totalizando, 2.855 agências e 799 unidades de negócios. O total de clientes do banco aumentou em 1,9 milhão, totalizando 76,7 milhões de clientes, com um salto no uso das plataformas digitais e, em contrapartida, a extinção de unidades físicas e a piora no atendimento presencial ao público, nas agências que continuam a funcionar.

Mídia