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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A campanha do movimento sindical bancário com protestos nas agências e nas ruas, bem como nas redes socais, que envolveram a sociedade, contra a postura do Bradesco de se negar a realizar atendimento presencial nos caixas físicos, prejudicando a população e principalmente os idosos, deu certo.
“Furamos a bolha”, declarou o diretor do Sindicato do Rio, Leuver Ludolff.
A mobilização repercutiu e a notícia de que o Bradesco estava tentando obrigar os funcionários a impedir o acesso aos caixas chegou a ser publicado até em veículos de comunicação da imprensa tradicional.
A própria direção do banco tomou a iniciativa de divulgar em seu normativo interno na sexta-feira passada (14), citando a resolução 4.949 de 30/9/2021 do Conselho Monetário Nacional, e no sistema de autorregulação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) que “os clientes têm a prerrogativa de escolha do canal para realizar suas transações bancárias”.
O Bradesco divulgou que “o atendimento prestado nos guichês deve ser feito com transparência, agilidade e eficiência”, “gerenciando o tempo de espera nas filas e para o atendimento prioritário e que medidas devem ser adotadas de imediato para que não ocorram insatisfações de clientes”, completa o informativo interno do banco.
No Rio, muita mobilização
O Sindicato do Rio está realizando a campanha em defesa dos direitos de clientes e usuários há mais de um ano e a mobilização valeu a pena, segundo avaliam os dirigentes sindicais, que incentivaram a população a denunciar o caso aos órgãos de defesa do consumidor.
“Nossa campanha, que aconteceu em nível nacional, fez o Bradesco recuar e voltar a atender presencialmente a população, sem criar dificuldades para a população e nem constrangimentos para os funcionários. Bancos e empresas não suportam ter suas imagens arranhadas diante da sociedade, formada por cidadãos e consumidores”, explica o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
O diretor da Secretaria de Bancos Privados, Geraldo Ferraz, também comemorou a vitória.
“É importante que a categoria compreenda que, quando lutamos contra o fechamento de agências e pelo direito de os clientes serem atendidos nas unidades físicas, estamos, acima de tudo, defendendo os empregos dos bancários”, disse o sindicalista.