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O Bradesco saiu pela tangente ao dizer à Comissão de Organização dos Empregados (COE) em reunião nesta sexta-feira (31/3) que não poderia informar sobre a previsão do fim do fechamento de agências, o que acabou confirmando que o processo deve continuar. O banco alegou que tudo está sendo feito com base em estudos e que os funcionários estão sendo realocados e reaproveitados.

O Bradesco também negou duas outras reivindicações: o auxílio academia, com a justificativa de já oferecer o Lig viva bem e convênios com academias pelo seguro saúde, com descontos que variam de 20% a 50%; e o reajuste do reembolso por quilometro rodado.

Demissões

Os integrantes da COE cobraram o fim do fechamento das unidades e das demissões que estão acontecendo em massa. O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Leuver Luddolff, disse que levantamento feito pela entidade mostrou que, só na capital, no ano passado, foram dispensados mais de um funcionário por dia, chegando a 380. Este ano, até março, o número é de 80 demitidos.

"Como não houve o compromisso do banco quanto ao fim de fechamento de agências e demissões, nós do Sindicato do Rio iremos intensificar as atividades de protesto. Não é normal em uma empresa que lucra como o Bradesco demitir tantos funcionários", argumentou. "E queremos voltar a discutir o mais breve possivel a cobrança de metas, pois,  a política do Bradesco quanto à produção é adoecedora", acrescentou.

“Reforçamos o aumento da insegurança entre os funcionários quanto ao futuro no banco e a preocupação deles com o emprego”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE. “Solicitamos que o Bradesco nos informasse qual a previsão para o fim do fechamento, o que foi negado, ao dizer que não pode informar. Isso mostra que os fechamentos devem continuar, infelizmente”, argumentou.

Metas

Na reunião, a primeira de 2023, o banco informou que o conceito de metas se baseia no orçamento anual, com revisão mensal, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada região. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal. “Ressaltamos que somos contra a meta individual, defendemos que seja semestral e não mensal”, avaliou Magaly.

A negociação sobre metas não terminou e uma nova reunião será marcada. “Precisamos construir um programa que não adoeça o trabalhador”, defendeu Magaly.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Co0ntraf-CUT.