EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Imprensa SeebRio
Nesta sexta-feira (31/3), em São Paulo, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) irá cobrar do Bradesco o fim do fechamento das agências e das demissões por conta deste processo. A COE vai frisar que o quadro de funcionários nas unidades já é extremamente enxuto e que a política está comprometendo o atendimento aos clientes.
O encontro também será marcado pelo cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada na Campanha Nacional de 2022. A norma prevê, na primeira reunião de 2023, o debate sobre as formas de acompanhamento, entre as comissões de trabalhadores e os bancos.
O Sindicato dos Bancários do Rio tem realizado seguidos protestos contra o fechamento de agências e demissões no banco. A mais recente foi nesta quarta-feira (29/3). A atividade ocorreu na unidade de Bonsucesso (3262) que será extinta e incorporada a outra agência do bairro, a da Avenida Nova York (1240), considerada “mais lucrativa” pelo Bradesco. Ocorreram manifestações durante todo o mês em diversos bairros, como Jacarepaguá, Méier e Penha.
O representante do Rio de Janeiro na COE, Leuver Luddolff, avisou que caso o Bradesco não suspenda as demissões e fechamento de unidades, os protestos serão intensificados. "Um banco com lucratividade recorde está demitindo mais de um bancário por dia. Só no Rio de Janeiro, capital, foram 372 em 2022, e mais de 500 em todo o estado. Neste ano, até março, apenas na cidade do Rio já são mais de 80. Não vamos aceitar que este rolo compressor continue", afirmou o dirigente.
Demissões
A coordenadora da COE e secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, lembrou que a maior preocupação dos sindicalistas é sempre a manutenção do emprego, pois ainda que o banco garanta que os funcionários de agências encerradas estão sendo reaproveitados, muitas agências estão sendo transformadas em unidades de negócios e, logo em seguida, fechadas. “Na ponta desse processo, o que temos é demissão. E isso não pode ser admitido. Precisamos de um programa para requalificação e realocação desses funcionários, como forma de garantia de seus empregos”, defendeu.