Quarta, 29 Março 2023 14:10
Bancários protestam contra demissões e atrasam abertura de agência em Bonsucesso
Sindicato critica fechamento de mais uma unidade e cobra a garantia do emprego para todos os funcionários
O Sindicato recebeu apoio de clientes e usuários no protesto contra as demissões. Os idosos são os maiores prejudicados com o fechamento de agências físicas
Foto: Nando Neves
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio realizou mais um protesto contra o fechamento de agências e demissões no Bradesco, nesta quarta-feira, 29 de março. A atividade ocorreu na unidade de Bonsucesso (3262) que será extinta e incorporada a outra agência do bairro, a da Avenida Nova York (1240), considerada “mais lucrativa” pelo Bradesco. Apesar de incorporada, o funcionamento ocorrerá no atual endereço, na Rua Bonsucesso, 415.
Reunião da COE
Os funcionários atrasaram a abertura da unidade. O Sindicato cobrou a garantia no emprego de todos os 39 funcionários. Nesta sexta-feira (31) a COE (Comissão de Organização dos Empregados) se reúne, em Osasco (SP), com a direção do banco para exigir o fim do fechamento de agências físicas e das demissões.
“Somente no Município do Rio de Janeiro já são mais de 70 bancários demitidos. O Bradesco lucrou no ano passado R$20,73 bilhões. Nenhum outro setor da economia fatura tanto dinheiro como o sistema financeiro, mesmo com a crise da pandemia e a recessão econômica do país. É inaceitável que o banco continue a extinguir unidades físicas e a demitir bancários, desrespeitando inclusive os clientes que têm o atendimento presencial negado pela instituição”, disse o diretor do Sindicato e representante da COE, Leuver Luldoff, que estará na reunião do dia 31.
Atendimento negado
A agência Bonsucesso também tem negado atendimento presencial à população, um problema crônico no Bradesco que fere o direito do consumidor.
“Vamos continuar protestando e denunciando à sociedade as dispensas. Nossa campanha pelo direito ao atendimento presencial está em sintonia com a luta contra as demissões e pela contratação de mais funcionários. Se o banco não der uma solução na reunião da COE, não descartamos paralisações de 24 horas nas unidades”, avisou Geraldo Ferraz, diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato.
Luta vai continuar
O diretor Sérgio Menezes destacou que o coletivo de dirigentes sindicais do Bradesco não vai cessar as manifestações enquanto o Bradesco continuar demitindo trabalhadores.
“O Sindicato está ao lado da categoria e vamos visitar cada agência dessa cidade denunciando a crueldade de banqueiros bilionários que tiram o emprego de trabalhadores e o sustento de famílias inteiras, desrespeitando inclusive os clientes, para aumentar os lucros e acumular ainda mais riqueza. É pura ganância”, ressaltou.
