EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A possibilidade da nova presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, determinar a investigação sobre a venda pelo BB de uma carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões ao BTG Pactual, por R$ 317 milhões, foi levantada pelo site 247 junto a fontes da instituição. Segundo as informações, o negócio é considerado um “escândalo financeiro que teria sido praticado em 2020 pelo ex-ministro Paulo Guedes, que não deverá passar em branco”. A transação é considerada dentro do BB como “grossa corrupção” de Guedes, diz o site 247.
O negócio, de pai para filho, envolveria o ex-ministro da Economia por ter sido fundador do BTG e, ao mesmo tempo, comandar a pasta a qual o BB é diretamente subordinado, ou seja, a venda não poderia ter acontecido sem a sua aprovação. O site revela que a consideração técnica entre funcionários é a de que Guedes tratou os recebíveis como “crédito podre”, quando, na verdade, argumentam, são créditos sadios, visto que têm garantias asseguradas para evitar calotes dessa magnitude.
“Ocorreu, tão somente, comenta-se dentro do BB, uma negociata espúria, inaceitável, que a Procuradoria Geral da República deve investigar a fundo. Comprovada a maracutaia – a de que o BTG teria pago apenas 10% do valor de face da dívida, para arrecadar perto de 80%, sem fazer força –, a operação precisaria ser desfeita e submetida a processo legal para apurar responsabilidades. Aos acusados seria dado amplo direito de defesa. Se, ao final, for comprovada a ilegalidade, a prisão dos responsáveis seria determinada pela justiça”, explica o 247.
Ferreira: ótima notícia
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, essa é o que podemos chamar de uma ótima notícia. "Os rumores sobre o favorecimento na venda de parte da carteira de inadimplentes do BB tinha sinais de favorecimento a um grupo econômico em que Paulo Guedes é um dos controladores. Essa investigação terá o condão da proteção ao patrimônio público, merecendo nosso total apoio", afirmou.
Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), concorda que a operação da carteira foi escandalosa. “Era evidente a divergência de valores, entre aquilo que poderia dar de retorno para o banco, e o que efetivamente deu”, numa comparação entre o valor da carteira e o preço pago pelo BTG.