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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Foto e arte: Contraf-CUT
Imprensa SeebRio
O não foi a palavra mais ouvida na negociação do Banco do Brasil sobre horas negativas e teletrabalho, itens da minuta específica. As principais reivindicações feitas pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) foram o aumento do percentual de funcionários em teletrabalho, de dias da semana para o teletrabalho e anistia do banco de horas negativas.
Mesmo sendo reivindicações justas, os representantes do banco afirmaram: 1) que a “anistia de horas negativas não está dentro da prerrogativa do banco”; 2) que o home office já ‘proporciona benefícios financeiros’, por exemplo, ‘pela economia de passagens’, não se justificando o pedido de ampliação da ajuda de custo a todos que atuam em teletrabalho; e, 3) para evitar a pecha de intransigência, deixou em aberto a questão sobre ampliar a porcentagem de funcionários em teletrabalho. “Em nenhum momento falamos que a intenção do banco é que permaneçamos apenas com 30% [em teletrabalho], mas que hoje esse é o percentual previsto”, disse a porta-voz do BB.
Desumanidade
“Essas são demandas que temos recebido constantemente dos trabalhadores e o próprio banco reconhece que o home office tem impacto positivo na redução de custos e não atrapalha a produtividade”, ressaltou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
Rita Mota, representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ) na CEBB e diretora do Sindicato, criticou a inadmissível postura do BB, sobretudo em relação à anistia das horas negativas que são impagáveis. “Ninguém ficou em home office por opção pessoal, mas por uma questão de saúde. Em pleno pico da pandemia, dentro do estado de calamidade, pertencendo ao grupo de risco, não podiam expor a sua vida. Logo, não podem ser responsabilizados e punidos por esta situação”, afirmou.
Duas mil horas
A CEBB defendeu anistia total do banco de horas negativas, ressaltando casos de trabalhadores com dívida de duas mil horas. Maria José Furtado, representante dos trabalhadores do BB do Distrito Federal na CEBB disse reconhecer que o BB foi vanguardista quando se tornou o primeiro banco a firmar o Acordo de Teletrabalho. “Se o banco, agora, fizer esse movimento de anistia será muito bem visto pelos funcionários”, destacou.
Ajuda de custo
A CEBB reivindicou a ampliação da ajuda de custo para todos que realizam teletrabalho. Pelas regras atuais, o banco concede o benefício apenas para quem atua em mais de 50% dos dias úteis na modalidade home office.
Próximas rodadas
Sexta-feira – 5 de agosto – Cláusulas sociais (adiada e data ainda não prevista)
Terça-feira – 9 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho
Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
Quarta-feira – 17 de agosto – Representação
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Contraf-CUT.