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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Na rodada sobre segurança, como parte das negociações da minuta do acordo coletivo específico do Banco do Brasil, a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) tentou trazer a diretoria do BB à realidade brasileira. Os integrantes da comissão criticaram o modelo de lojas bancárias, as chamadas ‘agências conceito’, sem portas giratórias, ou vigilantes, cuja implantação deixa a impressão de que a atual gestão do banco anda imaginando estar na Suíça.
A CEBB advertiu que o funcionalismo do BB não abre mão de portas giratórias e vigilantes, independentemente do modelo de negócios. Ressaltou que os funcionários não podem ser colocados em uma situação em que se tornam responsáveis por sua própria segurança.
Rita Mota, integrante da Comissão, citou durante a negociação um caso mais grave que é o da integração da agência 1º de Março com o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, emblemático da falta de bom-senso da diretoria. Os representantes do BB ficaram sem dar resposta.
“Nesta situação em particular, o novo modelo coloca em risco não apenas a agência, já que não existe porta giratória nem vigilantes, mas todo o público que estiver no CCBB. A unidade funciona integrada ao espaço de eventos culturais, como se fosse uma estrutura única. De modo que a vulnerabilidade da agência passa a afetar toda a instalação que recebe um número de visitantes muito grande e que, no caso de um assalto, poderia gerar uma tragédia devido ao pânico”, alertou.
O CCBB/RJ ocupou o 17º lugar entre museus e espaços culturais mais visitados do mundo em 2020, segundo o ranking anual elaborado pelo jornal britânico The Art Newspaper, que lista 150 instituições. Em relação a 2019, o público do CCBB teve um decréscimo de 69%, ao ficar 159 dias fechado.
Dos 790.357 visitantes em 2020, cerca de 96% estava concentrado no 1º trimestre do ano, quando abrigou a mostra “Egito Antigo: do Cotidiano à Eternidade”. O CCBB/RJ fechou suas portas no dia 14 de março de 2020, só reabrindo em 16 de setembro do mesmo ano.
Alegações
Os representantes do BB insistiram que a “atualização” do esquema de segurança nas ‘lojas’ responde às “novas tecnologias”, seguindo o encaminhamento da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Sobre os demais temas colocados na mesa, disseram que irão analisar as exigências dos funcionários, trazendo um posicionamento nas próximas rodadas. Mas, afinal, uma loja BB é uma agência bancária.
Argumentaram na negociação que, no modelo das ‘lojas’, não há transação suficiente de dinheiro que justifique a instalação de portas giratórias e contratação de vigilantes. “Mas nós não temos que olhar apenas a perspectiva da segurança patrimonial. Para o público em geral, a loja não deixa de ser um banco”, destacou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Me pergunto, portanto, se quando um cliente ou funcionário for agredido ou tiver seus bens furtados dentro das dependências do BB, de quem será a responsabilidade? O banco quer correr esse risco jurídico?”, completou.
Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, observou que faltam ao BB bases técnicas para justificar a retirada de portas giratórias e de vigilantes nas agências. “Dou como exemplo da agência da Vila Mariana, transformada em loja. A segurança pública de São Paulo aponta que, neste ano, houve aumento de 67% do número de furtos e crimes na região”, relatou. “Se é economia que o banco procura, esse tipo de economia me parece pouco inteligente. O mesmo banco que comemora lucros fantásticos está colocando vidas em risco e esse é nosso mote nesta reunião”, prosseguiu.
Próximas reuniões
Terça-feira – 2 de agosto – Cláusulas sociais
Quinta-feira – 4 de agosto – Teletrabalho
Terça-feira – 9 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho
Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
Quarta-feira – 17 de agosto – Representação
*Com informações da Assessoria da Comunicação da Contraf-CUT.