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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O delegados e as delegadas que participam do 33º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil debateram, nesta sexta-feira (10), sobre os desafios do enfrentamento à desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho e, especificamente, no BB. Vários sindicalistas denunciaram que, cada vez mais, há denúncias de assédio sexual e homofobia no banco. Na avaliação dos participantes o Brasil sempre teve este parcela preconceituosa da sociedade, mas com o bolsonarismo, elas “saíram do armário” e se explicitaram. Foi lembrado ainda que nesta semana, aconteceu um protesto contra a discriminação, já que a direção do banco não vem apurando essas denúncias como deveria e uma moção de repúdio de um grupo institucional de usuários da Cassi, onde uma conselheira teria tido “uma fala homofóbica, criminosa”.
Diferença gritante
A discriminação contra as mulheres é gritante no quadro de funcionários do BB. A média de salário dos homens é maior, cerca de R$ 10 mil, contra apenas R$6 das mulheres e negras. Os dados foram levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico) com base no último Censo de Diversidade da categoria.
Os bancários disseram que a categoria não vai aceitar esse retrocesso, em que, quem mais sofre são as mulheres, os negros e a comunidade LGBTQIA+, e que por isso preciso mudar essa situação nessas eleições de 2022, derrotando Bolsonaro e elegendo um governo do campo popular.
“Mesmo quando estudamos mais que os homens, nós mulheres, que somos maioria na categoria, não estamos proporcionalmente representadas nos espaços de comando dos bancos”, criticou.
Na avaliação de Neiva, o Brasil sempre teve esta parcela preconceituosa da sociedade, mas com o bolsonarismo, esses setores reacionários “saíram do armário” e se explicitaram. Ela disse que têm sido realizados protestos contra a discriminação, já que a direção do banco não apura as denúncias feitas pelos bancários e citou a moção de repúdio de um grupo institucional de usuários da Cassi, onde uma conselheira teria tido “uma fala homofóbica, criminosa”.
Ana Cristina Rosa Garcia, ex-gerente executiva da área de gestão de pessoas do BB, lembrou que, em sua trajetória de ascensão no banco, enfrentou discriminação e violência. “Muitas vezes tive que falar alto e, como resposta, diziam que eu estava nervosa, descontrolada, coisas que eles não diziam para os homens”, revelou, destacando a importância do debate no congresso dos funcionários do BB.
A hora da mudança
Neiva defendeu ainda uma reação contra a discriminação através da organização da categoria na defesa da igualdade de oportunidades. Disse que os bancários e bancárias “não vão aceitar esse retrocesso”, em que, quem mais sofre são as mulheres, os negros e a comunidade LGBTQI+, e que por isso é preciso mudar essa situação nessas eleições de 2022, derrotando Bolsonaro e elegendo um governo do campo popular.