Sexta, 27 Mai 2022 17:32

Negociação de horas negativas no Banco do Brasil

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Um caminhão de problemas. Assim se poderia resumir a situação criada pelo Banco do Brasil para a compensação das horas consideradas negativas, sobretudo as do período da pandemia. Pela regra atual o funcionário teria que trabalhar uma hora a mais a cada dia durante mais de cinco anos para compensar estas horas na totalidade.

Para sanar este problema, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) iniciou, nesta quinta-feira (26/5) negociações com a direção do banco. Outras questões discutidas foram protocolos da covid-19 e descomissionamento.

“Essa situação foi mal projetada pela empresa nas negociações sobre compensação de horas com o movimento sindical. Por isso, ainda temos muito a negociar em busca de uma solução que não cause prejuízos aos funcionários”, criticou Getúlio Maciel, representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Em matéria no seu site, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), fez um resumo desta rodada, ponto a ponto. Leia abaixo:

Protocolos da covid-19

Com o aumento de casos positivos da covid-19 em todo o Brasil, os representantes dos funcionários solicitaram um reforço na importância do cumprimento dos protocolos em caso de funcionários positivados, pois há denúncias de que não está sendo cumprido o manual de trabalho presencial. O banco se comprometeu a passar para as áreas responsáveis pedido de reforço na divulgação e ficou de retornar ao movimento sobre um novo manual e de que forma serão feitas as orientações.

O banco também se comprometeu em endereçar para a mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a preocupação levantada pelos representantes acerca dos grupos de risco, tendo em vista um aumento crescente nos casos de covid-19 em todo o país. Tais questões também serão levadas para conhecimento e análise das equipes de saúde do BB. Enquanto isso, os casos pontuais continuaram sendo tratados com a Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes), com o acompanhamento dos sindicalistas.

Descomissionamento

O banco informou que as análises de casos para descomissionamento começou na última segunda-feira (23) e garantiu que não haverá nenhum movimento de perda de comissão em massa, mas pontuou a necessidade de tratar casos muito específicos em que o descomissionamento seria iminente.

Luciana Bagno, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) na da CEBB, lembrou que a redução no quadro de funcionários do BB seria muito prejudicial a todos, já que o número de trabalhadores é insuficiente para atendimento das demandas.

“Nosso ACT covid-19 garantiu uma maior proteção ao quadro funcional no período de vigência da Espin (Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). Mas, é grande nossa preocupação com os descomissionamentos que possam ocorrer agora, ainda mais se considerarmos o momento difícil porque passaram e ainda passam os funcionários em função da pandemia. Acompanharemos de perto e atentos aos eventuais abusos que possam ocorrer por parte do banco”.

O movimento sindical cobrou ainda uma explicação pelo grande número de novos bancários do BB que não permaneceram após o período probatório, ainda mais que a empresa precisa aumentar seu quadro de funcionários.

 

 

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