Sábado, 14 Mai 2022 16:52

Campanha deve defender a democracia e eleger um governo que reconstrua o país

Os diretores do Sindicato, Rodrigo Silva e Rita Mota (também da CEBB), dirigem os debates sobre mulher e juventude. Os diretores do Sindicato, Rodrigo Silva e Rita Mota (também da CEBB), dirigem os debates sobre mulher e juventude.

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Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

“Vivemos numa conjuntura muito difícil, com um governo fascista que jogou o país em uma de suas maiores crises, com ataques aos direitos, à democracia, às empresas públicas e ameaça de golpe de Estado. Por estes motivos temos que organizar a categoria bancária na sua campanha salarial, mas também para defender a democracia e eleger a candidatura em defesa dos trabalhadores que é a de Lula da Silva”. A afirmação foi feita pelo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEVBB), de forma virtual, durante o Encontro Estadual dos Bancários do Rio de Janeiro, que acontece, neste sábado, de forma híbrida, no auditório do Sindicato e nas redes sociais.

Ressaltou ser preciso impedir a continuidade e a ampliação do projeto de Bolsonaro, que defende abertamente a volta da ditadura; desrespeita a vida, como ficou comprovado na pandemia; o corte de mais direitos ainda; a privatização das empresas públicas; e a manutenção de suas tentativas de golpe para acabar com a democracia.

“Temos que estar mobilizados para impedir qualquer golpe. Também devemos entender que a privatização das estatais é prejudicial para toda a sociedade, ainda mais que, com um novo governo de cunho popular, serão fundamentais para a reconstrução do país. Sem empresas públicas não vai haver crescimento, não haverá como colocar em ação um projeto de levar luz para todos, nem criar as condições para ampliar a produção de derivados de petróleo que teria impacto na fixação de preços que são regulados pelo mercado internacional”, disse.

País tem que voltar a crescer

Em relação especificamente aos bancos privados, Fukunaga frisou que sem os bancos públicos hoje ameaçados não poderá haver a retomada de créditos a juros especiais para determinados setores, entre outros, para a agricultura familiar e micro e pequenas empresas, além da privatização acabar com os empregos nestes bancos”, argumentou.

Sobre a Campanha Nacional dos Bancários, o coordenador da CEBB avaliou como fundamental garantir a manutenção da mesa única de negociação, sendo a unidade categoria, essencial para a assinatura da CCT e acordos específicos por banco. “Com inflação em dois dígitos os bancos podem tentar um maior arrocho sobre os salários e temos que estar preparador para rechaçar esta tentativa”, disse.

Debate com candidatos a presidente

Rodrigo Silva, diretor da Secretaria de Trabalho de Base do Sindicato, disse que a conjuntura no Brasil é uma das piores que o país já viveu. Acrescentou que a campanha bancária vai acontecer no meio da campanha eleitoral, mas que é preciso manter o foco na campanha nacional bancária.

O dirigente sugeriu convidar os candidatos a participar de um debate com o movimento sindical. “Neste debate eles deixariam claro quais as suas propostas para os bancos públicos e demais empresas estatais”, defendeu.

Discriminação das mulheres

O dirigente acrescentou que questões de gênero, juventude bancária e combate ao racismo serão debatidos no 33 º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da CEBB, lembrou que as mulheres continuam sendo discriminadas no banco, sendo muito difícil a sua ascensão e sofrendo assédio sexual e moral. “Justamente por isto a importância de levar este tema para debate no Congresso do BB. Temos que sair de lá com respostas que a categoria espera”, afirmou.

Outra questão levantada foi em relação ao menor envolvimento de jovens funcionários na organização sindical. Entre outros fatores foram apontados o medo de retaliações; uma doutrinação feita pelos gestores desincentivando até mesmo a sindicalização; a política do banco que estimula, via programas de metas, a concorrência e, com isto, o individualismo, como forma de acabar com a visão de que para conseguir direitos é preciso se organizar coletivamente, o que só será feito através da participação nas atividades sindicais.

Sindicalizados são respeitados

Rita acrescentou que também a falta de concurso pode ser causa da menor participação de jovens na vida sindical, ao impedir a entrada de novos funcionários. Frisou que novos funcionários são importantes para a renovação da militância sindical e para aspectos mais específicos, como a sustentação da Cassi.

A funcionária Denise Correa disse que ao mesmo tempo em que existe medo de se sindicalizar, também se pode notar que há um respeito de todos pelo funcionário que é sindicalizado, até mesmo por parte dos gestores. “Talvez porque todos saibam que somos pessoas que lutam pelos nossos direitos e que, desta forma, ajudamos a que todos obtenham mais conquistas. Mas é preciso saber que quanto maior o número de pessoas que pensem no coletivo, mais ganhos vamos ter”, opinou Denise.

  

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