Segunda, 25 Abril 2022 20:41

Sete pessoas baleadas em assalto no Banco do Brasil

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Bancários, clientes e a população do Centro do Rio de Janeiro viveram momentos de desespero e pânico em consequência de um assalto na porta da agência Visconde de Inhaúma do Banco do Brasil. Era a chamada ‘saidinha de banco’. Houve troca de tiros entre um cliente, um sargento da Marinha, que reagiu. O militar e um dos assaltantes foram baleados. Outras cinco pessoas que passavam também foram atingidas.

Para Rodrigo da Silva, diretor da Secretaria de Trabalho de Base do Sindicato, o episódio deixa evidente o clima de insegurança que bancários e clientes vivem nas agências. “Exigimos do banco melhores condições de trabalho, equipamentos de segurança, contratações de mais vigilantes, coisas que vêm sendo colocadas de lado para reduzir despesas e garantir mais lucros para os grandes bancos”, afirmou.

Acrescentou ser importante também refletir sobre a situação que se vive não só no Rio de Janeiro, quanto no país todo. “A crise econômica e o caos social levam ao aumento da criminalidade. A gente viu isso durante todo o Carnaval com um grande número de roubos e furtos por toda a acidade. E vemos o quanto este quadro expõe os trabalhadores que são jogados ao trabalho informal e subemprego, muitas vezes expostos a todo o tipo de transtornos nas ruas da cidade”, lembrou.

Frisou que parte das pessoas baleadas no entorno da agência do BB estavam nas ruas tentando ganhar o seu pão de cada dia de forma honesta: um dos baleados vendia panos de prato próximo à agência bancária. “É preciso discutir a garantia da qualidade de vida para toda a população. A geração de emprego e renda pode, não só reduzir a criminalidade, diminuindo o número de pessoas que são empurradas para atividades ilegais para se sustentar, como para garantir segurança para a população que fica exposta nas ruas a todo o tipo de barbárie”, defendeu.

Para o dirigente não vai se prover segurança aumentando o número de armas nas ruas, pelo contrário, isto pode se traduzir em tragédias, numa reação que coloque mais vidas em risco. “E não há dinheiro no mundo que vá compensar a vida perdida de um trabalhador. É com uma política pública séria que a gente vai garantir de fato a segurança da população”, afirmou.

 

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