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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Esta sexta-feira, 11 de março, foi a mais esperada do início do ano pelos funcionários do Banco do Brasil. Dia mais que demorado para o crédito da PLR devida do semestre.
'É bom lembrar que o BB foi o último a creditar a segunda parcela da PLR, tendo bancos que já o fizeram há um mês", lembra o diretor da Secretaria de Administração do Sindicato do Rio, Alexander Batista.
Antes mesmo do efêmero prazer de ver o dinheiro na conta, o funcionalismo foi surpreendido por um vídeo tosco anunciado e postado na agência de notícias da instituição. Uma tentativa do banco de transmitir a sua mensagem utilizando "humor", com características e liguagem típicas de produções das redes sociais.
"O banco veiculou uma mensagem na tentativa de ser engraçado, deixando evidente a politica equivocada de plano de cargos e salários da direção da empresa, o reflexo das inúmeras reestruturações, onde as remunerações diminuem. E os novos cargos significam menos salário e o imenso estrago com descomissionamentos sistemáticos que a o BB pratica, demonstrando a completa dependência de momentos estanques como o da PLR para que exista algum tipo de correlação positiva de remuneração", avalia Alexandre.
Funcionalismo Aviltado
A “paródia” começa com o banco dizendo que sabe que a situação está complicada e que o funcionalismo quando olha a conta se desespera.
"Mas o que o que a direção do BB faz para melhorar essa situação desesperadora dos bancários?", questiona o sindicalista.
O escárnio continua na sequência do vídeo, ao demonstrar que em dias diferentes de PLR o funcionalismo atrasa aluguel, IPVA, parcela café, botijão de gás, tem cartão de crédito estourado, nome no Serasa, em resumo: deve geral.
"O banco afirma que com a PLR o funcionalismo “tira o pé da jaca” e sai do sufoco. Ora, é essa a política salarial do banco? Produzir esse resultado e, ao longo dos outros meses, o funcionalismo tem que sobreviver apenas do seu salário? É desse funcionalismo aviltado que o BB cobra metas desumanas e inatingíveis", acrescenta Alexandre.
Pela mensagem explicitada em no vídeo, o banco considera atividades físicas, cuidado com a saúde, comer bem, lazer e outros direitos básicos "luxos" que "só com a PLR o funcionário pode garantir para sua vida.
PLR é fruto da luta
No final, mais uma constatação em relação ao material veiculado pelo banco, ao dizer que daqui a alguns meses vai rolar tudo de novo. "Nisso o banco está certo. Com a atual política, continuaremos entrando no cheque especial e capengando como a própria música diz, até que um novo crédito de PLR chegue", ressalta. Alexandre diz ainda que o banco acaba reconhecendo "a força e representatividade do movimento sindical no vídeo", pois "a conquista da PLR, que foi fruto de muitas negociações em meados dos anos 90, tem sido a tábua de salvação para um funcionalismo que só vê alguma recompensa e possibilidade de respirar quando a merecida participação nos lucros, que é sua de direito, entra na conta"
“Enquanto o presidente da instituição faz dancinha na nossa cara, o funcionalismo fica a depender de PLR, PDG, crédito de 13º, venda de férias, licenças e abonos, para não “dançar” em sua sobrevivência diária. O 'dedo' que a cada semestre nos traz esse direito e essa alegria momentânea, não é o institucional, e sim o de cada funcionário, cada dirigente sindical e sindicatos que lutaram para essa conquista. A tatuagem sugerida no vídeo não deveria trazer apenas a PLR, e sim, inúmeras conquistas. Uma boa sugestão seria: só a luta nos garante", conclui.
Confira no link abaixo, o histórico da conquista da PLR pelo Sindicato
https://bancariosrio.org.br/index.php/noticias/item/7785-plr-nao-e-concessao-mas-uma-conquista-dos-bancarios