Quinta, 27 Janeiro 2022 19:58

Protestos nacionais cobram do Banco do Brasil medidas de proteção contra a covid-19

Protesto na agência Botafogo cobra do BB respeito à prevenção da covid-19 Protesto na agência Botafogo cobra do BB respeito à prevenção da covid-19

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

A postura irresponsável da diretoria do Banco do Brasil de negar a gravidade da pandemia do novo coronavírus, reduzindo as medidas de prevenção contra a doença foi o principal alvo dos protestos desta quinta-feira (27/1), Dia Nacional de Luta, convocado pelas entidades sindicais bancárias. Os funcionários do BB fizeram manifestações em agências das principais cidades brasileiras.

No Rio de Janeiro, o Sindicato fez atividades em três agências de Botafogo, duas do Catete e duas do Méier, escolhidas por terem apresentado seguidos casos de contaminação. O descaso da diretoria do banco – orientada pelo governo federal – para com a saúde e a vida dos funcionários foi denunciada com a colocação de faixas e cartazes.

Diretores do Sindicato, entre eles, a presidenta em exercício da entidade, Kátia Branco, Rita Mota, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Rogério Campanate, da Comissão Executiva dos Empregados da CEF (CEE) e Carlos de Souza, da Contraf-CUT, conversaram com os bancários. Kátia lembrou que o momento é gravíssimo sendo necessário que todos cobrem respeito às normas de prevenção e que, além dos bancários, também estão em risco suas famílias e, ainda, os clientes, com o crescimento muito rápido do número de infectados pela variante Ômicron.

Rita Mota frisou que o banco não vem cumprindo as medidas fixadas no acordo coletivo emergencial covid, além de reduzir unilateralmente os protocolos de prevenção, expondo a vida dos colegas e clientes. “Vamos continuar cobrando o respeito a estas medidas, principalmente num momento de crescimento desenfreado do número de contaminações no banco situação que é em grande parte de responsabilidade da postura negacionista da sua diretoria", afirmou Rita Mota.

Kátia acrescentou que o Comando Nacional dos Bancários vem cobrando da Fenaban a negociação de um protocolo único para todos os bancos, mas que o agravamento da pandemia exige que cada um deles reforce de imediato as medidas preventivas para evitar mais contaminações. Listou entre as medidas que têm que ser colocadas em prática neste momento, o fechamento das unidades com casos confirmados para a sanitização; afastamento de todos até a testagem geral; exigência aos clientes da apresentação da carteira de vacinação; distribuição de máscaras PFF2 e KN95 pelos bancos; retomada do home-office; redução do horário de atendimento; fornecimento de álcool-gel 70%; marcação do distanciamento; e suspensão das visitas a clientes.

Rita lembrou que o BB vem fazendo exatamente o contrário, impondo alterações e flexibilizando os protocolos, mesmo com o agravamento da pandemia. O BB passou, por exemplo, a se recusar a fechar agências para a sanitização em casos confirmados de covid; convocou os integrantes do grupo de risco para o trabalho presencial, inclusive nas agências; suspendendo o home office de setores intermediários que não têm contato com o público; tudo isto, sem negociação; além de não acatar integralmente a liminar do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) que determinou o retorno ao home office dos funcionários do BB do grupo de risco que apresentassem justificativa médica.

Em dezembro, mesmo diante do cenário de festas de fim de ano, que traria como consequência o aumento de contaminação em todo o país, a direção do BB insistiu em terminar com o home office. E, no início de janeiro, em decisão unilateral, divulgou um novo Manual de Trabalho retirando o item que previa o encerramento do expediente em unidades, na hipótese de confirmação de trabalhador contaminado nas últimas 72 horas.

Rita Mota disse aos colegas ser fundamental cumprir os protocolos de prevenção, além de se vacinar, usar máscaras, medidas que, além de evitar a contaminação, ou amenizar os sintomas, protegem também os demais colegas, amigos e familiares. Lembrou que o direito coletivo se sobrepõe ao individual, numa referência aos que têm dúvida em relação a se vacinar e seguir medidas de prevenção. “O momento é muito grave e, para vencermos esta guerra contra o vírus, precisamos pensar em nós e também em como agir para proteger as outras pessoas”, disse.

 

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