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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Nesta quinta-feira (2), o Sindicato realizou, na Senador Dantas, um protesto em defesa das reivindicações dos funcionários do BB, numa atividade realizada em nível nacional. Durante os protestos, os bancários receberam a boa notícia de que o Departamento Jurídico da entidade havia conseguido uma liminar suspendendo a decisão unilateral da direção do Banco do Brasil de promover o retorno de pessoas do grupo de risco para o trabalho presencial. O movimento sindical defende que estes trabalhadores continuem em home office e cobra um acordo sobre o tema.
Direitos no teletrabalho
O funcionalismo defende ainda um acordo para garantir os direitos dos bancários que continuam no teletrabalho, com melhorias nas condições de trabalho, ajuda de custo para gastos como internet e energia elétrica e equipamentos para o exercício da atividade profissional em casa.
“Este ato no Sedan é em defesa do acordo negociado para garantirmos os direitos dos bancários que estão no teletrabalho. E, enquanto estávamos no protesto, recebemos a boa notícia no campo jurídico, pois nosso Sindicato conseguiu uma decisão liminar que suspende o retorno dos trabalhadores do grupo de risco ao trabalho presencial. Queremos que estes trabalhadores continuem trabalhando remotamente. É uma questão de priorizar a vida. Esta pandemia está longe de terminar e estamos vendo que variantes da Covid-19 ainda preocupam o mundo inteiro, inclusive na cidade do Rio de Janeiro”, disse Rita Mota, diretora do Sindicato do Rio e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários. A sindicalista lembra que o banco criou “um calendário para o retorno dos bancários do grupo de risco, mas a maioria tem sido constrangida para voltar imediatamente às unidades físicas”.
A decisão tomada pelo juiz substituto Nikolai Nowosh, da 1ª Região do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro sustenta que o banco descumpriu acordo com os funcionários ao decidir unilateralmente pela volta dos bancários do grupo de risco ao trabalho presencial.
“Pessoas com comorbidades são mais vulneráveis ao contágio, cujo risco é ainda maior em função da necessidade do uso dos transportes públicos, o que é descrito no próprio manual do banco sobre os cuidados com a Covid-19”, acrescenta Rita, destacando ainda que há casos de funcionários que cuidam de crianças e idosos com comorbidades.
A presidenta do Sindicato do Rio Katia Branco, que participou do ato no Sedan, lembra que a vitória na Justiça não é definitiva, pois a decisão cabe recurso. “Precisamos manter a mobilização para pressionar o BB na mesa de negociação e garantir os direitos dos bancários”, completa.