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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio está cobrando do Banco do Brasil o cumprimento do compromisso assumido de realizar negociações permanentes sobre assuntos ligados à pandemia da Covid-19. A entidade reivindica que o BB forneça informações sobre o número de funcionários com horas negativas e a quantidade de horas devidas; a troca de local de trabalho entre os que foram removidos de forma compulsória; e a reversão de decisões de gestores que retiraram funcionários em home office e que, assim, passaram a acumular horas negativas.
Compromisso assumido
O compromisso foi assumido em reunião no dia 18 de agosto com a Gerência de Pessoas (Gepes) e da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) que discutiu o fim das metas impostas aos caixas, a sobrecarga de trabalho e a viabilização da troca de local entre os que foram removidos compulsoriamente. Diretora do Sindicato, Rita Mota, que também é a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado Rio de Janeiro na Comissão de Empresa dos Funcionários (CEEBB), lembra que pelo acordo da Covid-19, dentro em breve vencerá o prazo para a compensação das horas negativas, sendo que o banco, até agora, não deu o retorno sobre o número de funcionários e o montante de horas negativas de cada um. “Apesar disto, sabemos que, há casos em que este número é muito alto. Mas precisamos ter acesso a estes números para podermos negociar a forma da compensação prevista tanto no acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, quanto no acordo da Covid-19”, frisou. O outro ponto a ser discutido é o fim da colocação de funcionários que estavam em home office em horas negativas por decisão do gerente. “Ao nosso ver, alguns gestores estão transformando uma medida que visa defender pessoas impedidas de trabalhar por uma questão de saúde, em punição aos que podem realizar o teletrabalho. Ou seja, algo muito próximo de um assédio moral”, criticou. “São afastados compulsoriamente e colocados na geladeira. Isso não pode continuar acontecendo”, advertiu.
Desmonte e privatização
Por fim, Rita cobrou que o BB coloque em prática a troca de local de trabalho entre pessoas que foram removidas compulsoriamente em abril, após as movimentações decorrentes da reestruturação de janeiro, decisão que expôs ainda mais os funcionários ao risco de contaminação em função do deslocamento. “Foi mais uma consequência grave da falta de planejamento que culminou com a reestruturação, feita para desmontar a estrutura do banco para privatizá-lo e, pior, em plena pandemia, mostrando que o governo não tem a menor preocupação nem com os funcionários, muito menos com a população que passou a ficar mais tempo nas filas de atendimento”, afirmou.