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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Fim das metas impostas aos caixas, da sobrecarga de trabalho e viabilização da troca de local de trabalho dos que foram removidos compulsoriamente. Estes foram alguns dos principais assuntos tratados na negociação entre o Sindicato, a Gestão de Pessoas (Gepes) e o titular da Plataforma de Suporte Operacional (PSO). O encontro foi nesta quinta-feira (19/8).
Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), lembrou que com a reestruturação imposta pelo governo em janeiro, como preparação da privatização, houve uma drástica redução dos postos de trabalho e de agências, o que impactou o funcionalismo, com aumento da sobrecarga de trabalho, e também os clientes. Para agravar a situação, mesmo em plena pandemia, a diretoria do BB manteve as metas de venda de produtos o que, no caso dos caixas, foi ainda mais desumano, já que o trabalho tinha que ser feito paralelamente à atividade-fim, o que, além de gerar acúmulo de tarefas, sofrimento psíquico e físico, piorou ainda mais o atendimento da clientela, que já sofria com a redução do número de funcionários em função da reestruturação.
A reestruturação acabou, ainda, com a função de caixa. A iniciativa arbitrária e ilegal, no entanto, foi derrubada por ação, com pedido de liminar, movida pela Contraf-CUT, acolhida pela Justiça de Brasília e válida para todo o país.
Negacionismo
Lembrou que a situação foi agravada com remoções compulsórias para locais distantes da residência o que, com a pandemia, aumentou o risco à vida dos funcionários, sobretudo no transporte. “Na negociação, criticamos as remoções que o banco tentou justificar dizendo foram feitas segundo cálculos da diretoria do BB, atendendo a critérios técnicos. O fato é que colocaram em risco a vida das pessoas. Os gestores da Gepes e do PSO disseram que há 16 vagas que podem ser trocadas. Sugerimos que seja criado um canal para que a troca de funcionários de uma dependência para outra, seja criado, o que ajudaria a minimizar o prejuízo causado pela situação gerada pela diretoria do BB”, afirmou a dirigente.
Em relação à redução de postos de trabalho, o banco disse que ‘fez parte de uma adequação’, que veio com a reestruturação, ‘para garantir competitividade fazer frente à concorrência’. Numa aparente tentativa de reduzir a responsabilidade pela sobrecarga, os gestores disseram que dos 858 caixas, 182 estão em teletrabalho.
Plenária
“O grande problema, além do ataque ao próprio Banco do Brasil com intuito privatista, é que a redução de agências e de postos de trabalho foi decidida e imposta no meio de uma pandemia, tendo consequências muito graves, impactos muito sérios para a vida dos funcionários e também para a clientela, em mais um exemplo da irresponsabilidade negacionista deste governo, que não podemos aceitar”, criticou.
Lembrou que a ausência de soluções torna ainda mais importante a participação dos caixas na plenária virtual que acontecerá no dia 25 de agosto, às 18h30, onde a negociação será detalhada e decidido que medidas tomar, a partir daí. Rita criticou a demora do banco em agendar a negociação. “A decisão de cobrar esta negociação foi aprovada numa plenária no fim de maio. O ofício solicitando o encontro foi enviado no início de junho, reiterado recentemente, mas só aconteceu agora”, recordou.