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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Fonte: Site da Contraf-CUT
O Banco do Brasil obteve lucro líquido ajustado de quase R$ 10 bilhões no primeiro semestre de 2021. O resultado representa um crescimento de 48,4% em relação ao mesmo período de 2020. Os números foram elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 5 bilhões, aumento de 52,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A rentabilidade - retorno sobre o patrimônio líquido ajustado - cresceu 3,9 pontos percentuais em doze meses, chegando a 14,1%.
Mesmo com lucros crescentes, a direção do banco não dá valor aos funcionários.
“O BB não valoriza os funcionários, que são os responsáveis pelo faturamento da empresa. Ao contrário: reduz postos de trabalho, aumenta a sobrecarga de trabalho e adoece os bancários com metas cada vez mais difíceis de serem cumpridas. A mobilização do funcionalismo será fundamental na campanha nacional para preservarmos os direitos dos trabalhadores e enfrentarmos os ataques da direção do banco e do Governo Bolsonaro, que promovem o desmonte da empresa para tentar impor a agenda da privatização”, avalia o diretor do Sindicato do Rio, José Henrique Nunes.
Redução de mão de obra
Seguindo uma lógica das instituições privadas, o banco fechou, no período de um ano, 6.956 postos de trabalho. No segundo semestre de 2021, em relação ao primeiro, essa redução de pessoal foi ainda mais acentuada.
Somente no segundo trimestre, através do Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), o banco reduziu seu quadro de pessoal em 2.358 funcionários. Além disso, em 12 meses, foram fechadas 390 agências e 33 postos de atendimento bancário sendo que o número de clientes aumentou em 2,9 milhões.
Mais clientes com menos bancários para o atendimento significa sobrecarga de trabalho e acúmulo de função, tornando as condições de trabalho ainda piores, sem falar no adoecimento de trabalhadores em função de metas abusivas, “Somente com a receita de tarifas e serviços, que representa uma parte ínfima de toda a arrecadação do banco, é possível cobrir todas as despesas com funcionários e ainda sobram 17,4% do valor”, denuncia o sindicalista.