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Imprensa SeebRio
Defesa intransigente do caráter público do Banco do Brasil, campanha permanente para buscar o apoio da população a esta luta, reabertura de agências, contratação imediata dos concursados e defesa da Previ e da Cassi contra os ataques do governo, além da participação e fortalecimento da campanha Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes. Estas foram algumas das mais importantes propostas aprovadas no Encontro dos Funcionários do Banco do Brasil do Estado do Rio de Janeiro, finalizado na tarde deste sábado (31/7).
(Veja a íntegra das proposições no fim desta matéria).
As propostas serão encaminhadas para discussão no Congresso Nacional dos Funcionários do BB. O Encontro elegeu, ainda, os representantes da base da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) ao Congresso. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), João Fukunaga, classificou o evento nacional como momento importante da luta em defesa do banco e dos direitos do funcionalismo, como a Cassi e a Previ, ameaçados pelo governo. Argumentou que o corte de direitos e a privatização estão intimamente ligados. “Sem o BB não há Previ, nem Cassi. Defender o banco é defender a Cassi e a Previ”, argumentou.
Sugeriu, também, a apresentação de uma resolução contra o plano rebaixado Cassi Essencial. “É muito inferior ao Cassi Família, tem coparticipação altíssima, rede conveniada menor. Querem que os concursados vão para este plano que não nos interessa”, alertou.
Acrescentou ser uma ilusão pensar que ter um presidente à frente do BB que é funcionário de carreira pode significar uma mudança em relação à privatização. “A privatização é um compromisso firmado pelo governo com o setor privado, portanto, um projeto em curso. O presidente é cargo de confiança e vai seguir o que o governo determinar. Portanto, é preciso fortalecer a luta em defesa do BB público”, enfatizou.
Ameaça à Previ
Em vídeo, a representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca, defendeu a ampliação do diálogo com a sociedade sobre a importância de manter o Banco do Brasil público. “É importante esse apoio”, avaliou.
O diretor eleito da Previ, Márcio Souza, denunciou a existência de uma série de ações articuladas entre o governo, parlamentares governistas, bancos e planos de saúde para abocanhar os R$ 1,2 trilhão em ativos dos planos de previdência fechada, entre estes, a Previ. “Há uma linha de ação em curso para enfraquecer os planos de previdência fechados para beneficiar bancos e seguradores, seja através da unificação da fiscalização dos dois setores pela Susep ou de projetos que permitem dar como garantia de empréstimo a bancos a reserva dos associados nos fundos fechados de previdência”, disse.
Vânia Romeu, representante dos usuários da Cassi disse que está em curso uma série de iniciativas que visam precarizar os serviços prestados pela caixa de assistência, de modo a enxugar custos. “As metas são reduzir custos ‘de forma robusta’, em primeiro lugar, reduzindo as despesas do banco e aumentar os investimentos em tecnologia. Há, ainda, uma ameaça de fechamento do plano Cassi Família II”, alertou.
Acrescentou que estão para ser criados o Plano Básico, precarizado, e o Prime, voltado para altos executivos do BB, além da decisão de abrir a Cassi para pessoas que não são do banco. Criticou a intenção de aumentar o atendimento por telemedicina, que passou a funcionar em caráter emergencial por conta da pandemia. Lembrou que todas estas medidas vão contra o entendimento de que a Cassi é muito mais do que um plano de mercado.
Veja aqui as propostas aprovadas
Em defesa da vida
Nenhuma retirada de direitos
Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes.
Construir a unidade com os trabalhadores das demais estatais ameaçadas de privatização, contra o projeto do governo de destruição dos serviços públicos.
Defesa do BB
- Defesa intransigente do caráter público do BB reafirmando sua função social. Não às reestruturações permanentes e a preparação do banco para a privatização.
- Realizar uma campanha permanente para buscar o apoio da população para a importância do Banco do Brasil enquanto banco público voltado ao atendimento das necessidades dos trabalhadores e dos pequenos produtores.
- Reversão dos cortes nas dotações dos prefixos, realizados na última reestruturação. Ao contrário de excedentes, o que há é uma enorme falta de funcionários.
- Reabertura das agências do BB em localidades em que seja relevante para o desenvolvimento econômico e social das mesmas.
- Contratação imediata dos concursados para aliviar a sobrecarga de trabalho.
Pandemia
- Reversão das horas negativas e das férias antecipadas por causa da pandemia. Quarentena não é uma escolha, ela é fundamental para preservar vidas.
- Abono de todas as horas negativas geradas pelo código 425.
- Garantia de acesso ao home office para todo o funcionalismo que não possa atuar no trabalho presencial.
- Organizar o funcionamento das agências com rodízios e redução de jornada, sem redução de salário, para proteger os trabalhadores e garantir o atendimento básico da população. Se o banco não fizer, que os sindicatos apoiem à auto-organização dos funcionários.
- Nenhuma cobrança de metas negociais.
- Revisão das metas relativas ao tempo de atendimento.
- Nenhum descomissionamento. Manutenção da função dos caixas executivos
- Fornecimento de máscaras pff2 para todos que estão em trabalho presencial; funcionários e terceirizados, e garantia do cumprimento dos protocolos de prevenção, como uso de máscaras e medição de temperatura.
- Relatório/Levantamento oficial do banco sobre as ocorrências/consequências verificadas durante a pandemia em relação à contaminação das agências. Afastamentos, mortes, procedimentos realizados.
- Quarentena para toda a equipe, inclusive terceirizados, caso um trabalhador tenha sido contagiado.
- Estabilidade no emprego e condições seguras de trabalho para os terceirizados.
- Garantia de visita de equipe do Sesmt, a pedido do funcionário em home office (HO), para avaliar as condições ergonômicas do local de trabalho (mobiliário, iluminação, temperatura.
- Aplicação imediata dos benefícios e direitos garantidos pelo acordo de teletrabalho para todos os funcionários que estão em HO em decorrência da pandemia.
- Revisão da ajuda de custo mensal para os funcionários em HO de forma a refletir o gasto real com internet e luz, e que seja aumentada de acordo com os reajustes desses serviços.
- Fornecimento pelo banco de todos os equipamentos (inclusive os de ergonomia) necessários para o trabalho dos funcionários em HO. Os equipamentos serão entregues pelo banco no local onde o funcionário realiza o home office.
Saúde
- EPS+ 2021- retorno do EPS aos moldes anteriores, contemplando nos exames obrigatórios - hemograma completo e triglicerídeos; abonos das horas necessárias à realização dos exames complementares para todos os funcionários, seja em trabalho presencial ou HO, inclusive abonar a ida à Cassi para a realização do exame clínico. Ressalvado o direito de optar pela realização do EPS enquanto durar a pandemia.
- CAT – emissão para todos os casos de adoecimento, inclusive covid-19.
- SESMT - o banco deve implementar através do SESMT acompanhamento dos funcionários em licença saúde há mais de 90 dias.
- Colocar em atividade a Mesa temática de Saúde.
- Licença saúde/descomissionamento – O banco se compromete a não descomissionar os funcionários em licença saúde.
Tíquete-alimentação - O banco fornecerá auxílio de cesta alimentação para os funcionários em licença saúde.
Auxílio benefício INSS – O BB deve comunicar formalmente ao funcionário com antecedência de 30 dias quando for efetuar o débito dos valores adiantados referentes ao auxílio benefício do INSS. E oferecer PAS específico, visando que o funcionário tenha o mínimo para sua subsistência.
Cassi
- Em defesa da Cassi e seu modelo solidário.
- Cassi, Plano Associados, para todos os novos concursados.
- Realização de um Encontro Nacional de Saúde do BB, que debata as questões referentes à saúde do trabalhador e a Cassi.
- Fim da coparticipação.
Diversos
- Retorno do Vale Cultura
Previ e Cassi
Precisamos defender a Cassi e a Previ e denunciar os frequentes ataques a essas duas instituições que são nossas do funcionalismo do BB:
- O Plano Cassi Essencial faz parte de uma estratégia para esvaziar os planos já existentes (Cassi Família I e II) e a redução da corresponsabilidade do banco com a manutenção da Cassi e do Plano de Associados é uma política de governo. Visa liberar as empresas públicas do compromisso com a saúde dos aposentados e pensionistas no momento em que as pessoas mais precisam. O objetivo é a precarização total para facilitar a privatização.
- A previdência complementar tem sofrido ameaças e muitos riscos pela postura do governo de abrir o mercado para entidades abertas de previdência complementar. Nas previdências complementares fechadas, a previdência dos trabalhadores, os ativos de quase 1,2 trilhões, são cobiçados pelo mercado, que as entidades abertas, comandadas pelos bancos e seguradoras querem abocanhar com a conivência, ajuda e atuação do Ministério da Economia.
Cassi e Previ são nossas!!!