Segunda, 02 Julho 2018 19:26

Banco do Brasil rejeita negociar Cassi no acordo específico

Na mesa de negociação, a direção do BB mostrou intransigência e se negou a negociar com o funcionalismo Na mesa de negociação, a direção do BB mostrou intransigência e se negou a negociar com o funcionalismo

O Banco do Brasil frustrou as expectativas, ao recusar discutir soluções para a Cassi nas negociações do acordo específico, que começaram em São Paulo, no último dia 29. Entre as propostas do funcionalismo para o plano, aprovadas no 29º Congresso dos Funcionários do BB, estão a manutenção do princípio da solidariedade e da gestão paritária (com representação de funcionários eleitos e indicados), custeio entre funcionários e banco na proporção de 60% a 40%, fortalecimento da estratégia de Saúde da Família, entre outros pontos, através da ampliação das CliniCassi e inclusão dos novos funcion&a acute;rios concursados no plano associados.

“O BB acusa a Contraf-CUT de não apresentar proposta, mas fica claro que é apenas um jogo para evitar qualquer tipo de debate, para impor as mudanças de maneira autoritária”, criticou Rita Mota, dirigente do Sindicato e da Comissão de Empresa dos Funcionários do banco. A proposta do banco corta direitos, aumenta contribuições dos associados, implanta o voto de minerva a favor do BB e entrega duas diretorias ao mercado, reduzindo a participação dos associados. Rita lembrou ser fundamental, também, a inclusão dos novos funcionários no plano de associados. “Sem isso, a Cassi se tornará cara para os que já contam com o serviço, podendo torna-lo, inclusive, inviável financeiramente com o aumento da idade&r dquo;, afirmou.

VCP e ultratividade

O banco abriu a possibilidade de assinar o pré-acordo para manter a ultratividade da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), condicionado à mesa da Fenaban, e de manter a validade da convenção para todos os funcionários, inclusive para os que recebem salários em valor superior a dois tetos da Previdência Social. Acenou com a possibilidade de ampliar o tempo para o recebimento da VCP (Vantagem de Caráter Pessoal), em casos de reestruturação. A proposta das entidades sindicais é de que a verba seja paga até que o funcionário consiga função similar a que ocupava.

O BB aceita discutir que a homologação seja feita nos sindicatos. O BB vem fazendo isto nas dependências do banco. A falta do acompanhamento sindical pode causar prejuízos ao funcionário. Um avanço importante é que o BB concorda em ajustar a tabela PIP (Pontuação Individual do Participante), que possibilita o aumento da contribuição para o Previ Futuro, com a contrapartida do banco, para que também aumente o valor do benefício a ser recebido. Propôs estabelecer mesas específicas para os debates sobre determinados temas, como segurança e saúde do trabalhador; teletrabalho; e escritórios digitais. Abriu a possibilidade de incluir os funcionários originários de bancos incorporados nas questões de saúde e previdência. Propôs discutir a pontuação da carreira de mérito para funcionários cedidos a órgãos governamentais.

 

 

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