Sexta, 02 Julho 2021 16:12

Superintendência Rio manda funcionários do BB voltarem ao presencial

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Ao que tudo indica partiu da Superintendência do Rio de Janeiro do Banco do Brasil a ordem para que retornassem ao trabalho presencial a partir da próxima segunda-feira (5/7) os funcionários dos escritórios digitais que não são do grupo de risco. Em contato com a Direção de Pessoas (Dipes), em Brasília, e com a Superintendência de São Paulo, a qual a Super do Rio é subordinada, o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), João Fukunaga, foi informado que esta não é a orientação do banco. O Sindicato do Rio entrou em contato com a Gerência de Pessoas (Gepes) fluminense que disse não ter sido informada sobre o assunto.

A medida, só colocada em prática no Rio, é absurda em todos os sentidos. Primeiro, porque o trabalho dos escritórios pode ser perfeitamente feito à distância, não havendo por que colocar em risco a vida de centenas de pessoas, tanto os funcionários que estão em home office, quanto suas famílias e os colegas que estão no presencial, ao promover aglomeração no ambiente de trabalho.

Em segundo lugar a decisão contraria a orientação normativa interna do próprio BB para a covid-19, em pleno vigor, que determina às dependências sem atendimento presencial priorizar sempre que possível o trabalho remoto. Até gerentes que estavam afastados por coabitar com parentes em grupos de risco estão sendo forçados a retornar.

O último comunicado a gestores relativo à pandemia, disponível no hotsite covid do BB, enviado em 11 de março deste ano, não deixa dúvidas em relação ao assunto, contrariando a decisão da superintendência Rio, frisando no seu término: "Por fim, solicitamos nova avaliação sobre a possibilidade de colocarem suas equipes em trabalho remoto ou o maior número de pessoas possíveis (sic) onde a natureza do trabalho permita".

Para o Sindicato é um escárnio impor este tipo de medida de alto risco, num estado que ainda apresenta um nível muito alto de contaminação e morte, principalmente entre as pessoas mais novas. O Sindicato e a CEBB estão em contato com a Gepes e a Superintendência de São Paulo buscando reverter a medida.

 

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