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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio participou de uma atividade de mobilização nesta quinta-feira, 4 de março, retardando a abertura de duas agências do Banco do Brasil, na Tijuca, Zona Norte da cidade. Os dirigentes sindicais protestaram contra o processo de desmonte imposto pela direção do BB, a extinção de função de caixas e o projeto do ministro da Economia Paulo Guedes de privatização dos bancos públicos e de todas as estatais e empresas públicas. A atividade fez parte do Dia Nacional de Mobilização, em Defesa das Estatais e contra as Privatizações, pela continuidade do auxílio-emergencial e por vacina, já, para todos, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais.
“Está claro para a sociedade que somente os bancos públicos exercem uma função social, como no caso dos programas sociais e emergenciais, crédito para a agricultura familiar e para a habitação popular. Os bancos privados só querem a fatia lucrativa destas instituições públicas”, disse o diretor do Sindicato José Ferreira. O sindicalista lembra ainda que a extinção de agências físicas e a piora no atendimento afeta principalmente as pessoas da terceira idade, que têm mais dificuldade em aderir aos serviços digitais.
Povo contra privatizações
Segundo uma pesquisa da XP/Ibesp, entidade ligada ao mercado, feita em fevereiro deste ano, 59% dos brasileiros são contra as privatizações.
Já outro levantamento feito pelo Data Folha revela que 67% dos brasileiros são contra privatizar empresas públicas e estatais e apenas 27% são a favor.
“A população percebeu durante esta pandemia a importância do SUS – Sistema Único de Saúde – no atendimento médico e internações e da Caixa Econômica Federal para o pagamento dos programas de auxílio emergencial e do FGTS, enquanto bancos e empresas privadas só pensam nos lucros”, acrescenta Ferreira.
O também diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Roberto André Gomes, falou da importância da unidade das diversas categorias contra as privatizações do Governo Bolsonaro.
“Essa decisão de unificar os trabalhadores na luta contra o projeto privatista de Paulo Guedes fortalece a nossa mobilização. Precisamos também conquistar cada vez mais apoio da sociedade porque todos perdem com as privatizações: o país, o povo e a economia. Somente banqueiros e especuladores ganham com a venda das estatais”, disse.