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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio, em sintonia com a categoria em nível nacional, intensifica a mobilização contra o desmonte no Banco do Brasil e a política privatista do ministro da Economia Paulo Guedes. A direção do banco já divulgou o fechamento de 361 unidades, entre agências, postos de atendimento e escritórios em todo o país e a redução de mão de obra com o desligamento de pelo menos cinco mil trabalhadores. Na última sexta-feira, 19 de fevereiro, os funcionários, em estado de greve, paralisaram as agências do Catete, na Zona Sul da cidade.
“Essa região tem sido atingida com o fechamento de agências e redução de funcionários. Vamos continuar a nossa mobilização em outros bairros da cidade, em defesa dos direitos do funcionalismo e também da população e clientes, que sofrem com um atendimento cada vez mais precário, filas e aglomerações em plena pandemia por causa deste desmonte. Todos perdem com esta política do ministro Paulo Guedes que para atender aos interesses do setor privado por mais lucros, quer privatizar os bancos públicos”, critica o diretor do Sindicato Alexandre Batista. A atividade contou com o apoio dos trabalhadores terceirizados e dos usuários, que reclamam do fechamento de agências e da piora no atendimento.
Próximos passos
Na reunião do coletivo de dirigentes sindicais do BB, realizado também na sexta (19), foram definidas várias ações no campo jurídico, inclusive contra o fechamento de agências e na defesa do direito à greve. A Comissão de Empresa dos Empregados (COE) vai cobrar uma negociação para tratar de teletrabalho e as medidas de prevenção à Covid-19.
Nesta quinta-feira, dia 25 de fevereiro, às 18 horas, haverá uma plenária por videoconferência, dos funcionários do BB com os trabalhadores das demais estatais para definir a organização de uma luta conjunta contra o projeto de privatizações do Governo Bolsonaro. A reunião será realizada através do aplicativo zoom, que será disponibilizado no site do Sindicato.
Liminar impede BB de retirar gratificação de caixas
A Contraf-CUT obteve liminar que impede a diretoria do Banco do Brasil de retirar as gratificações de função dos caixas. A decisão incorpora, ainda, os valores aos funcionários que recebem a gratificação há mais de 10 anos. As informações constam de twiter da própria Confederação.
A extinção da gratificação faz parte do plano de reestruturação do governo Bolsonaro que fechou mais de 5 mil postos de trabalho, 300 agências e postos de atendimento, o que, na prática, levou à perda de funções gratificadas ou a sua redução em até 70%, causando, ainda, danos à população que vai ficar mais tempo nas filas em plena pandemia. O plano foi anunciado no dia 11 de janeiro. Desde então os funcionários têm realizado paralisações contra o desmonte que prepara a privatização do maior banco público do país.
Para Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Funcionários do BB (CEBB), esta foi uma vitória importante. “Diante da intransigência do BB em negociar sobre a reestruturação, a Contraf entra com ação judicial na defesa da incorporação da remuneração dos cargos executivos com mais de 10 anos e consegue uma conquista importante”, afirmou. Acrescentou que o movimento sindical vai atuar em todas as frentes para reversão dos prejuízos para os funcionários do BB.