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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A força da paralisação e da decretação do estado de greve fizeram com que a diretoria do Banco do Brasil abrisse negociação em torno do chamado plano de reestruturação, ao meio-dia desta quarta-feira (10/2). Esta foi uma prova de que é através da pressão que os funcionários do BB vão atingir seus objetivos.
A negociação, da qual participaram representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) foi das 12 às 18 horas, com intervalos. Mas a diretoria do banco foi intransigente, mantendo todas as medidas anunciadas em 11 de janeiro, sem levar em conta nenhuma das reivindicações apresentadas.
Calendário de lutas
Em função do resultado, o Comando Nacional e a CEBB aprovaram um calendário de lutas, prevendo a manutenção do estado de greve, tuitaço nesta quinta, dia 11/2, às 11:00; plenárias nesta quinta-feira, dia 11/2, às 18h30 (a do Rio de Janeiro será via Zoom); e nova reunião do Comando, dia 19/2 para definir os próximos passos da mobilização.
Aumenta a pressão
Apesar de não ter havido qualquer avanço, para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, a abertura de negociações em meio à paralisação foi um fato extremamente positivo que mostrou que o caminho a ser seguido é o da pressão.
“Nossa mobilização abriu a negociação, mas depois de horas o banco frustrou as expectativas e condicionou qualquer avanço a não entrada de ações contra os descomissionamentos e fechamento de agências e reclassificação da 308 (faltas em função das paralisações). Vamos à luta! Nas ruas, no Judiciário e no Parlamento”, afirmou Adriana. Ao contrário das exigências, a dirigente adiantou que o movimento sindical bancário vai sim entrar com ações contra o descomissionamento, fechamento de agências e reclassificação do 308.
Descaso para com a população
Os representantes da diretoria do BB não aceitaram discutir o fechamento de unidades. Alegaram que nenhuma localidade ficará sem atendimento. Com arrogância e descaso para com a população, disseram que, onde julgar necessário, o banco vai instalar um correspondente bancário.
O Comando e a CEBB argumentaram que o correspondente bancário não é o mesmo que uma agência, que oferece serviços básicos e limitados. Rita Mota, diretora do Sindicato e da CEBB, e a presidenta da entidade, Adriana Nalesso, participaram da reunião de cerca de seis horas. Para Adriana, este resultado deve motivar ainda mais os bancários à luta, pois uma reação inflexível deve ser respondida à altura.