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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (10/2), chegavam informes dando conta de que a paralisação de 24 horas contra o desmonte estava acontecendo nas principais cidades do país. No Rio de Janeiro, o movimento foi mais forte nas unidades do Centro da Cidade, com as adesões do prédio da Senador Dantas, Avenida Rio Branco, Candelária, Rodrigo Silva e Estilo Assembleia.
Em Brasília, houve truculência por parte da polícia durante a greve de 24 horas. Em São Paulo a paralisação foi expressiva, mas, pela manhã, sem intervenção da força policial. A greve de 24 horas é contra a reestruturação que dá início ao processo de privatização do Banco do Brasil. Esta quarta é um Dia Nacional de Luta e Luto. Todos estarão usando uma peça de roupa preta, em protesto contra o desmonte do banco imposto por Bolsonaro.
Estado de greve
O funcionalismo está em estado de greve. É uma sinalização à direção do banco e ao governo para que abram negociação se quiserem evitar a deflagração de uma greve.
Como parte da paralisação, os funcionários decidiram continuar a utilizar as redes sociais para protestar contra o desmonte, pelas hashtags #MeuBBvalemais, #BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão. O Sindicato promoveu, ainda, um debate sobre o início da privatização, em suas redes sociais, tanto no Facebook, quanto no You Tube.
Momento é de unidade
O momento pelo qual passam os funcionários do BB é decisivo. Trata-se de engrossar a luta para barrar o processo de privatização, que já começou. A reestruturação é o seu início. A vendo do banco é nociva pra o país, mas para os funcionários representa o fim dos seus direitos e dos seus empregos, como aconteceu nas privatizações de outros bancos estatais e de empresas públicas de outros setores também.
A redução da estrutura física, com o fechamento de agências, postos de atendimento e escritório de negócios, vai impactar toda a sociedade. Por isto, não só os funcionários do BB, mas também clientes e pessoas de todos os setores da sociedade podem participar dos protestos pelas redes sociais fazendo o seu protesto contra o ataque ao maior banco público do país pelas hashtags. O desmonte prevê redução, também, da remuneração em até 70%.
Negociação no MPT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), retomou, nesta terça-feira (9), as negociações com o Banco do Brasil sobre as reestruturações que o banco pretende realizar. A Contraf-CUT reivindica a suspensão do descomissionamento de caixas e informações sobre o novo processo de reestruturação do Banco do Brasil.
Na primeira parte da reunião, o banco apresentou uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP), ambos já em negociação com a Contraf-CUT. O banco também exige a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco.
A Contraf-CUT recusou a proposta. As negociações foram retomadas ainda nesta terça-feira, a partir das 17h. Mas não tinha havido avanço até o fechamento desta matéria.