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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Contra a reestruturação que dá início ao processo de privatização do Banco do Brasil os funcionários farão nesta quarta-feira (10/2) um Dia Nacional de Luta e Luto com uma paralisação de 24 horas. Vão usar uma peça de roupa preta, em protesto contra o desmonte do banco imposto por Bolsonaro.
O funcionalismo está em estado de greve. É uma sinalização à direção do banco e ao governo para que abram negociação se quiserem evitar a deflagração de uma greve.
Concentração no Sedan
Para organizar a greve de 24 horas no Rio de Janeiro, os funcionários do banco fizeram uma plenária nesta terça-feira (9/2). Uma das decisões, com o objetivo de fortalecer a paralisação foi convocar a todos para uma concentração em frente ao prédio do BB da Senador Dantas, a partir das 6h30. Também decidiram continuar a utilizar as redes sociais para protestar contra o desmonte, pelas hashtags #MeuBBvalemais, #BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão. Vai haver ainda um debate sobre o início da privatização, pelas redes sociais do Sindicato, tanto no Facebook, quanto no You Tube.
O momento pelo qual passam os funcionários do BB é decisivo. Trata-se de engrossar a luta para barrar o processo de privatização, que já começou. A reestruturação é o seu início. A vendo do banco é nociva pra o país, mas para os funcionários representa o fim dos seus direitos e dos seus empregos, como aconteceu nas privatizações de outros bancos estatais e de empresas públicas de outros setores também.
Impacto sobre toda a sociedade
A redução da estrutura física, com o fechamento de agências, postos de atendimento e escritório de negócios, vai impactar toda a sociedade. Por isto, não só os funcionários do BB, mas também clientes e pessoas de todos os setores da sociedade podem participar dos protestos pelas redes sociais fazendo o seu protesto contra o ataque ao maior banco público do país pelas hashtags. O desmonte prevê redução, também, da remuneração em até 70%.
Tanto o estado de greve quanto a paralisação foram propostos pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB). A negociação é importante também para que sejam conhecidos detalhes do plano de redução da estrutura do banco que continuam fechados a sete chaves. Como o banco continua se recusando a negociar, a Contraf-CUT acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) que convocou o BB para uma reunião no último dia 3. Nela, se comprometeu a submeter os esclarecimentos exigidos pela entidade ‘à instância superior’ e trazer as respostas nesta segunda-feira (8/2).
Negociação no MPT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), retomou, nesta terça-feira (9), as negociações com o Banco do Brasil sobre as reestruturações que o banco pretende realizar. A Contraf-CUT reivindica a suspensão do descomissionamento de caixas e informações sobre o novo processo de reestruturação do Banco do Brasil.
Na primeira parte da reunião, o banco apresentou uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP), ambos já em negociação com a Contraf-CUT. O banco também exige a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco.
A Contraf-CUT recusou a proposta. As negociações foram retomadas ainda nesta terça-feira, a partir das 17h. Mas não tinha havido avanço até o fechamento desta matéria.