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Imprensa SeebRio

Está tudo pronto para a greve nacional de 24 horas desta sexta-feira para barrar o desmonte que Bolsonaro, Paulo Guedes e André Brandão querem impor no Banco do Brasil. Mais do que um movimento contra a covardia de um governo tirano que com a reestruturação se prepara para privatizar este gigante que é o BB, é uma greve em defesa da dignidade do funcionalismo que está sendo agredido por medidas que vão afetar a sua vida e a de seus familiares, como o fechamento de postos de trabalho, a redução dramática da remuneração sob a cínica argumentação do corte de gastos só possível de ser criada pela cabeça de um presidente que é descoberto gastando R$ 15 milhões na compra de leite condensado.

“É hora de darmos nossa resposta coletiva e com firmeza, pois sabemos que se eles passarem esta reestruturação, outras virão, com certeza, cortando ainda mais postos de trabalho, reduzindo mais e mais nossa remuneração para depois entregar o que sobrar do banco para o setor privado nacional e estrangeiro. O momento é esse, o momento de defendermos nossos direitos e a existência do Banco do Brasil”, argumentou Rita Mota, da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) e diretora do Sindicato.

Mensagens de denúncia contra o governo e a direção do BB podem ser postadas nas hashtags: #MeuBBvalemais,  #BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão. Aqui no Rio de Janeiro, capital, os funcionários do BB participarão do protesto no Centro da Cidade: na esquina da Avenida Rio Branco com Rua da Assembleia, ao meio dia. Os funcionários poderão ainda, fazer lives da paralisação de sua agência e postar nas redes sociais.

Governo faz covardia contra a população

A covardia contra o BB é também contra a população que vai ficar mais tempo na fila em função da redução do número de agências e funcionários num momento de pico da pandemia do novo coronavírus. Em muitas cidades a única agência é a do Banco do Brasil onde os funcionários são importantes consultores e cuja renda é fundamental para os negócios locais. A redução da capilaridade vai impedir, ainda, que o banco seja tão eficiente no financiamento da retomada do crescimento.

“Nossa paralisação é uma demonstração da nossa disposição de defender o BB público e de abrir negociação. Mas é também a forma mais eficaz de colocar no centro do debate nacional os efeitos ao país que virão caso o desmonte seja efetivamente concretizado”, avaliou Rita Mota. Lembrou que não está afastada a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.

Paralisação e Luto

Nesta sexta, durante a paralisação, todos vestirão uma peça de roupa preta para mostrar que o funcionalismo do BB está de luto contra o desmantelamento do banco. Será distribuída carta à população repudiando o desmonte, que se insere em uma política do governo extremamente covarde e prejudicial a toda a população e ao país, explicando os motivos da paralisação.

O documento, a ser encaminhado também aos funcionários, vai convocar a participação na greve de 24 horas e frisar que o desmantelamento do BB só beneficia os bancos privados, a quem o governo representa. Por todos os prejuízos causados à nação, a carta vai defender o fim do governo Bolsonaro.

Tudo pronto

Mesmo antes da deflagração da paralisação, o país já vem sendo agitado pela sua preparação. Como exemplo, desde a manhã da última quarta-feira, o dia seguinte da assembleia que aprovou a greve de 24 horas, carros de som dos sindicatos de todo o país circulam pelos bairros nas diversas cidades. Editais publicados nos jornais de grande circulação dão ciência da paralisação à sociedade.

O aviso está sendo feito, ainda, através da distribuição de panfletos e cartazes. Diretores de sindicatos e delegados sindicais discutem a melhor forma de organizar manifestações que agitem ainda mais e denunciem à sociedade o ataque do governo ao BB.