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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Como já era previsto, diante da gravidade da situação, a assembleia dos funcionários do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, realizada virtualmente nesta terça-feira (26/1) à noite, aprovou greve de 24 horas, na sexta-feira (29/1), contra o plano de desmonte do BB, imposto pelo governo Bolsonaro e pela gestão André Brandão. A decisão dá mais força à paralisação, que será nacional, já tendo sido aprovada na segunda-feira (25/1) em vários estados e em outros, também nesta terça.
Carros de som percorrerão os bairros da cidade. Vão explicar os motivos da paralisação e denunciar o desgoverno Bolsonaro por desmantelar o Banco do Brasil, em plena pandemia, momento em que mais o país precisa do BB, seja para atender à população, seja para financiar a retomada do crescimento econômico.
Participaram da assembleia, a atual presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso e dois ex-presidentes da entidade, Fernando Carísio e Cyro Garcia. E também a representante da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), Rita Mota, diretora do Sindicato.
É possível reverter o desmonte
A greve de 24 horas foi aprovada por 92% dos presentes, na primeira parte da assembleia. A avaliação foi a de que suspender o trabalho é, neste momento, a única saída para impedir a reestruturação, dando uma demonstração de força e preparando a ampliação da pressão, caso o governo e a direção do BB não revejam o plano. O desmonte prevê mais de 5 mil demissões, corte salarial em todos os níveis, fechamento de quase 400 agências e transformação de outras 300 em pequenos postos de atendimento, ocasionando perda de funções, cortes salariais em todos os níveis, com a extinção da gratificação de caixa.
Foi lembrado que fora da luta coletiva não haverá solução. E que pensar em decisões individuais não resolve o problema, ao contrário, vai permitir a imposição da reestruturação, tendo como consequência abrir a guarda para mais ataques que gerarão cada vez menos empregos e salários mais reduzidos. Por isto mesmo a assembleia orientou todos os funcionários, a se empenhar na paralisação.
Manifestações durante a paralisação
A assembleia decidiu pela realização de atos no Centro da Cidade (um na Rio Branco com Assembleia, ao meio dia, e outro às 16 na Candelária). Outra sugestão é que os funcionários façam lives da paralisação de sua agência e postem nas redes sociais. Mensagens de denúncia contra o governo e a direção do BB podem ser postadas nas hashtags: #MeuBBvalemais, #BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão.
Todos de luto
Outra orientação é que todos vistam uma peça de roupa preta, para que o funcionalismo mostre que está de luto contra o desmantelamento do banco, como fez no dia 15 de janeiro, Dia de Luto, e no dia 21, Dia Nacional de Luta. E de luto contra a irresponsabilidade do governo federal em todas as áreas, como o ataque ao SUS, à Previdência, na sua postura de negar a gravidade da pandemia e a necessidade da vacinação contra o coronavírus.
Neste sentido, a assembleia aprovou a distribuição de uma carta à população repudiando o desmonte do BB, que se insere em uma política do governo extremamente covarde e prejudicial a toda a população e ao país, explicando os motivos da paralisação. O documento, a ser encaminhado também aos funcionários, vai convocar todos a participação na greve de 24 horas e frisar que o desmantelamento do BB só beneficia os bancos privados, a quem o governo representa. Por todos os prejuízos causados à nação, a carta vai defender o fim do governo Bolsonaro.