Quinta, 21 Janeiro 2021 16:13

Protestos, neste Dia Nacional de Luta, agitam agências e denunciam governo pelo desmonte do Banco do Brasil

Protestos foram feitos nas agências, entre elas a da Senador Dantas (foto). Protestos foram feitos nas agências, entre elas a da Senador Dantas (foto).

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Foto: Vanor Correia

Imprensa SeebRio

Protestos em todo o país marcaram o Dia Nacional de Luta Contra o Desmonte do Banco do Brasil, nesta quinta-feira (21/1). No Rio de Janeiro houve manifestações, atrasos na entrada para o trabalho e panfletagens que agitaram as principais agências do Centro da Cidade. Foram feitas denúncias aos clientes e à população sobre os prejuízos que serão causados caso seja implantado o plano de desmonte imposto pelo governo Bolsonaro ao BB e as consequências nocivas para o país.

A redução significativa do número de agências (cerca de 400 além de 300 reduzidas a postos de atendimento) e de funcionários (menos 5 mil) em todo o país vai gerar ainda mais filas. O plano do governo Bolsonaro, foi anunciado no último dia 11. Além de graves problemas sociais, o desmonte causará, ainda, prejuízos econômicos, num momento em que o país mais precisa de financiamento para a retomada do crescimento.

No Dia Luta houve ainda tuitaço, a partir das 11 horas, pelas #MeuBBvalemais#BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão. As mensagens denunciam o governo e a direção do banco pelo desmantelamento do BB, através do plano de reestruturação, em plena pandemia, para beneficiar os bancos privados e enxugar o BB para mais adiante privatizá-lo. Os funcionários vestiram preto no dia de protestos.

Assembleias e greve

O calendário de mobilizações aprovado pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) contra o desmonte teve início com um Dia Nacional de Luto, em 15 de janeiro. Prevê a realização de atos, panfletagens e assembleias desta quinta, Dia Nacional de Luta, até o dia 28. Além de assembleias que devem aprovar o indicativo da CEBB de paralisação nacional de 24 horas no dia 29 e decretação de estado de greve, que é uma preparação para uma greve nacional contra o desmonte.

O Dia Nacional de Luta e as atividades até 28 de janeiro são uma forma de esquentar as mobilizações e preparar as assembleias. Elas deverão acontecer no próximo dia 27 – a data ainda terá que ser confirmada pelo Comando Nacional dos Bancários – para ratificar a paralisação de 24 horas, no dia 29, e a decretação do estado de greve, ou mesmo a greve.

Pressão em Brasília

Em outras frentes, os sindicatos e entidades estaduais e nacionais dos bancários vão ampliar os contatos com parlamentares e entidades de diversos segmentos da sociedade, para mostrar o que significa esse ataque ao Banco do Brasil e buscar apoio. O BB é um dos maiores financiadores da agricultura. Em inúmeros municípios é o único banco presente. É um importante instrumento de política financeira e creditícia, fundamental para a retomada do crescimento e geração de emprego e renda.

Será ainda reforçado o contato com outros setores atingidos pelos planos de desmonte e privatização do governo, como servidores públicos, petroleiros, trabalhadores dos Correios, Eletrobras e também de empresas públicas estaduais, como a Cedae. E buscada articulação com as centrais sindicais, como a CUT, CTB, Conlutas e outros movimentos de trabalhadores.

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