Segunda, 18 Janeiro 2021 21:59

Dia 21 tem mais pressão contra o desmonte do Banco do Brasil

Adesão ao dia de Luto aumentou  a pressão contra o desmonte Adesão ao dia de Luto aumentou a pressão contra o desmonte

A forte participação dos funcionários do Banco do Brasil no Dia de Luto, dia 15 último, mostrou o caminho para barrar o plano de desmonte da estrutura do BB, anunciado no último dia 11. A mobilização serviu para pressionar a diretoria da estatal e o governo Bolsonaro, que entraram em crise por discordar de aspectos da redução da estrutura do BB, que teriam impacto negativo em bases de parlamentares ligados ao presidente. E, como consequência, nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Mas a pressão tem que aumentar. Para isto, já está marcado para a próxima quinta-feira (21/1), um Dia Nacional de Luta Contra o Desmonte e em Defesa do Banco do Brasil. A organização deste dia de mobilizações será definida em reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), nesta terça-feira (19/1). A luta conta com o apoio das centrais sindicais e de partidos de oposição que têm, neste momento, papel decisivo nas eleições da Câmara e Senado.

O plano prevê reduzir em 5 mil o número de funcionários, fechar quase 400 agências e transformar outras 300 em pequenos postos de atendimento. Será um desastre para a população que terá que permanecer, em plena pandemia, por mais tempo nas filas, onde houver agência, e também para a recuperação da economia. O impacto será maior, sobretudo, nas pequenas cidades e localidades mais carentes, que poderão ficar sem qualquer agência bancária.

Redução da remuneração

No que tange aos funcionários, o. plano tem uma lógica extremamente perversa atingindo a todos. Além das 5 mil demissões, para os que ficam, a opção é um corte profundo na remuneração. Com o fechamento de agências, ou a sua transformação em postos de atendimento e a extinção da função caixa, serão obrigados a procurar cargos à disposição. Os que não conseguirem perderão muito do seu poder de compra, e os que conseguirem, vão passar para uma gratificação menor, até em função do programa Performa, que reduziu o valor das funções.
“A saída para esta armadilha é pressionar, é participar das mobilizações a fim de reverter, ou no mínimo, abrir um canal de negociação, para discutir a manutenção dos empregos e direitos”, defendeu a dirigente do Sindicato e da CEBB, Rita Mota. Lembrou que a redução da massa salarial terá impacto negativo também sobre a Previ e a Cassi. “Temos que reagir agora, ou, mais à frente, vamos ter dificuldades a serem cobertas com o aumento da nossa contribuição”, afirmou. A redução terá impacto, ainda, sobre o FGTS.

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