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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Concurso abre apenas 30 vagas de escriturários para dividir entre Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo
O Banco do Brasil publicou seu edital de abertura para seleção externa de apenas 30 vagas, sendo distribuídas em três estados: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O edital não garante o direito ao plano de saúde (CASSI), e nem o plano odontológico entre as “vantagens” dos aprovados no concurso, seguindo as determinações da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).
O edital prevê o cumprimento do acordo coletivo vigente que inclui direito à assistência médica, mas nada garante que seja a Cassi nem que seja mantido o plano odontológico.
Além disso causa estranheza a previsão de apenas trinta vagas, considerando que o banco reduziu seu número de empregados em cerca de dez mil funcionários, com o PEAI (Plano Especial de Aposentadoria Incentivada) e, mais recentemente com o PAQ (Plano de Adequação de Quadro).
“Esse é mais um dos ataques que o governo Temer está colocando em prática contra a classe trabalhadora. Querem aumentar a rentabilidade das empresas às custas da exploração dos funcionários”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde 2009, quando os funcionários passaram a ter direito à assistência odontológica, este é o primeiro edital de contratação de funcionários que não inclui a concessão destes direitos. A Contraf-CUT já enviou um ofício ao BB solicitando reunião para discutir o assunto.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos a ela filiados vêm denunciando as armadilhas da Resolução 23 da CGPAR desde sua publicação. “Continuaremos nessa luta com ações políticas e jurídicas para derrubar essa e outras resoluções da CGPAR que prejudicam os trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB.
A representante do Rio de Janeiro na comissão de empresa, Rita Mota, alerta que a ausência da garantia da assistência médica pela Cassi anunciada para os novos concursados, faz parte de uma estratégia de fechamento do plano de associados previsto na resolução 23 da CGPAR. Isto tem por objetivo levar à extinção do plano tornando a Cassi inviável. Um plano só se sustenta com novos associados.