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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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O PSOL vai entrar com denúncia junto ao Ministério Público Federal, solicitando a anulação da operação de ‘venda’ da carteira de crédito do Banco do Brasil ao Banco BTG-Pactual, suspeita de favorecimento. A iniciativa será posta em prática a pedido do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Glauber lembra que a carteira de crédito vale R$ 2,9 bilhões e foi vendida por míseros R$ 300 milhões para um banco privado que tem como um dos fundadores o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não é um trocadinho, são R$ 2,9 bilhões sendo entregues sem concorrência por R$ 300 milhões ao banco que Paulo Guedes foi sócio-fundador”, afirmouem entrevista à TV 247 na noite desta terça-feira 1º.
A transação foi feita sem licitação e só divulgada após ser concretizada. O negócio, causou surpresa no mercado, por ter sido a primeira vez na história em que o BB vendia uma carteira de crédito a um banco privado, o que nunca aconteceu antes por ter uma estrutura especializada neste tipo de cobrança. Ao contrário, o banco sempre comprou carteiras de outras instituições para lucrar com elas.
O esquema da venda passou a ser investigado pelo Ministério Público do Tribunal de Contas da União, por suspeita de favorecimento, já que o BTG-Pactual tem como principal sócio fundador, o ministro da Economia Paulo Guedes. Foi o mesmo Guedes quem comandou a operação de venda ao BTG. O caso se transformou em escândalo, o que fez com que Rubem Novaes, ocupante da presidência do BB e responsável pela execução do negócio, pedisse demissão.
“Eles disseram que houve uma competição simplificada, mas aparentemente quem ficou sabendo foi só o BTG Pactual e as entidades citadas pelo governo, o que indica um direcionamento da operação”, frisou o parlamentar. “O PSOL formulou hoje (2/8) um novo pedido com a complementação do que eles não mandaram. Além disso, a gente já está na preparação de uma representação que pedirá o desfazimento da operação jurídica e a responsabilização dos agentes, que podem ter cometido crime de improbidade administrativa e responsabilização de natureza penal”, detalhou o deputado.
Glauber Braga também comentou a censura imposta pelo BTG-Pactual contra o jornalista luiz Nassif, editor do site GGN, que por meio da Justiça conseguiu a determinação da retirada de todas as matérias publicadas pela página a respeito da operação. “A gente não pode aceitar essa censura ao Luis Nassif como fato consumado. E aquilo o que ele disse temos que repercutir e denunciar”, solidarizou-se.