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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Por iniciativa do vereador Reimont (PT), da Frente Parlamentar em Defesa da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, vai ser debatida, virtualmente, nesta quinta-feira (6/8), em audiência pública, às 10 horas, a decisão tomada pela diretoria do Banco do Brasil de convocar para o trabalho nas agências funcionários que coabitam com familiares do grupo de risco, ou seja, com doenças preexistentes ou idade acima dos 60 anos. Estes funcionários se encontram à disposição do BB, trabalhando remotamente, em sua residência. O retorno ao atendimento presencial coloca os familiares em risco de contágio pelo novo coronavírus.
Participarão do debate virtual, no link youtube/tvcamarario, além de Reimont, a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, a diretora da entidade e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Rita Mota, o coordenador da comissão, João Fukunaga e Marcos Alvarenga, da Fetraf RJ/ES. A audiência faz parte das várias ações aprovadas pela diretoria do Sindicato contra a convocação, entre elas negociações diretas com o banco, ações judiciais e contatos com parlamentares visando suspender a decisão.
“Estamos esperando para os próximos dias uma manifestação do Ministério Público do Trabalho (MPT) a uma denúncia feita pelo Sindicato para que acione o BB a fim de que reveja a decisão”, disse Rita Mota. A dirigente acrescentou que a convocação já teve vítimas fatais em outro banco público. “Na Caixa Econômica Federal, uma colega foi convocada, retornou, sendo contaminada e contagiando com o coronavírus seu pai e sua mãe que vieram a falecer. A convocação é uma medida desumana e irresponsável que vamos continuar lutando para reverter”, afirmou. Para a dirigente, a verdade é que o banco quer exigir o cumprimento de metas, o que é um absurdo diante da pandemia e do risco de contaminação e morte.
Em debate nas redes sociais nesta semana, o deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), criticou a convocação de coabitantes com pessoas do grupo de risco, um dos últimos atos de Rubem Novaes no cargo de presidente do BB, além da entrega da carteira de crédito do banco de R$ 2,9 bilhões por R$ 371 milhões ao BTG-Pactual de Paulo Guedes. “Ele pediu demissão, alegando que estava com saudades da família da qual estava afastado por conta da pandemia. Defendeu, para si, o direito de conviver de maneira segura com seus familiares, mas agiu da forma inversa com os funcionários, com esta convocação estúpida e irresponsável. Faz sentido”, ironizou.