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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Numa decisão unilateral a diretoria do Banco do Brasil abre brecha para que os gestores convoquem para o trabalho presencial funcionários que coabitam com familiares do grupo de risco. Num comunicado interno estimula a convocação deste segmento do funcionalismo a partir do próximo dia 27, o que, se colocado em prática, vai aumentar de forma exponencial o número de contaminados pela covid-19.
O comunicado contraria o decreto de calamidade pública, que prevê o afastamento até a sua revogação. “Este comunicado é absurdo. O banco está revendo uma decisão anterior acertada de manter em trabalho remoto quem é do grupo de risco e quem coabita com pessoas deste grupo talvez priorizando as metas, colocando em primeiro lugar o lucro e não a vida. É desumano e, portanto, inadmissível”, criticou Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários.
Lembrou que o Brasil é o segundo país em número de contaminados e mortos e que ao estimular a convocação está agravando a situação. Lembrou que não há o que justifique a mudança, já que o trabalho continua a ser feito pelos funcionários em suas casas. Rita acrescentou o BB não está determinando o retorno ao trabalho presencial, mas o texto do ofício abre brecha para esta interpretação, o que acaba transferindo para os gestores a responsabilidade por colocar em risco milhares de familiares.
Frisou que inclusive quem trabalha em escritório digital pode ser convocado, o que se justifica menos ainda, já que não atendem ao público. Diante deste absurdo, o Sindicato exige a imediata revogação da decisão.