Domingo, 12 Julho 2020 19:55

Privatização atende a interesses escusos, dizem parlamentares

Ex-senador Requião: privatização não tem autorização para ser feita. É venda de mercadoria roubada Ex-senador Requião: privatização não tem autorização para ser feita. É venda de mercadoria roubada

Em vídeos encaminhados ao 31º CNBB, parlamentares denunciaram haver interesses escusos por trás da ameaça de privatização do Banco do Brasil, dos demais bancos públicos e estatais. Para a deputada Marília Arraes (PT-PE), a privatização do BB beneficia os bancos e grandes grupos privados representados pelo desgoverno Bolsonaro que está destruindo a educação, a saúde e todos os serviços públicos prestados à população.

“O Banco do Brasil é patrimônio nacional que financia o desenvolvimento nacional, o emprego, a geração de renda. Ninguém pode meter a mão”, afirmou Marília. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), disse que a sociedade brasileira deve entender a importância do BB para o país e lutar contra a privatização. “O projeto de entrega do patrimônio público faz parte de uma política que tem como objetivo acabar com a soberania e transformar o Brasil num país inteiramente dependente das grandes economias”, acusou.

Já o deputado Zeca Dirceu (PT-SP), avaliou que a privatização deixaria sem apoio a população. “O governo fala em vender tudo, BB, CEF, privatizar o SUS, acabar com a Previdência como conhecemos. Bolsonaro e Guedes são os inimigos a ser combatidos. Não vamos abrir mão destas empresas e serviços estratégicos para o país. Seria um retrocesso”, afirmou.

Já o ex-senador Roberto Requião, chamou a atenção dos grupos privados interessados nas privatizações de que correm o risco de terem que devolver o dinheiro investido, sem nenhuma indenização. “Vão estar comprando mercadoria roubada. O governo não tem autorização para vender as estatais”, avisou. Especificamente sobre o BB acusou Paulo Guedes de representar os interesses do capital ‘vadio’. “São especuladores querendo lucrar em cima do que é de direito dos brasileiros. A sociedade tem que entender isto e dizer não”, defendeu.

Para o deputado Ênio Verri (PT-PR), Guedes pensa no seu interesse pessoal e dos seus amigos e sócios, ao insistir em privatizar o Banco do Brasil. O que ficou comprovado recentemente, quando comandou a operação de doação da carteira de crédito de mais de R$ 2 bilhões do BB para o seu BTG-Pactual. “Os bancos públicos existem para reduzir a desigualdade social. Guedes e Bolsonaro querem privatizar porque querem os ricos mais ricos e transformar os pobres em miseráveis. Não se preocupam em diminuir as desigualdades sociais”, afirmou.

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