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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Manutenção das cláusulas do atual acordo coletivo específico, acrescentando um item referente à eleição de delegados sindicais; mesa única de negociação; campanha em defesa do Banco do Brasil como banco público e manutenção de direitos. Estas foram as principais resoluções aprovadas neste domingo (12/7), no 31° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado virtualmente.
As propostas serão encaminhadas para a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de julho, definindo a minuta de reivindicações e a estratégia da campanha nacional da categoria para a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Tanto a conferência, quanto os congressos, são coordenados pela Contraf-CUT.
Propostas e moções
Foram aprovadas, ainda, proposta encaminhadas pelas federações filiadas à Contraf-CUT que, junto com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, coordenou o congresso. Entre elas, reivindicações relativas à covid-19 – como garantia de fornecimento de equipamentos de proteção individual, testagem em massa, fechamento de agências com funcionário com sintomas da doença, higienização e desinfecção de locais de trabalho e suspensão de metas; ampla divulgação nas mídias sociais e na mídia comercial da campanha em defesa do BB e dos demais bancos públicos; criação de uma frente ampla em defesa do BB; conscientização do funcionalismo sobre a importância de defender o banco, a Previ e a Cassi; e ampliação dos delegados de base, passando a proporção da atual 1 por 50 empregados, para 1 por 80.
Além disto, todas as moções apresentadas foram aprovadas. Entre elas, uma de repúdio ao ministro da Economia Paulo Gudes, pela insistência em privatizar o BB e pela forma desrespeitosa com que tem se referido a esta instituição brasileira secular; moção de repúdio ao assédio sofrido pelo funcionário que criticou a negociata que foi a entrega da carteira de crédito do Banco do Brasil ao BTG-Pactual de Guedes; e contra o assédio de gestores por cumprimento de metas durante a pandemia. Foram aprovadas, ainda, moções exigindo a libertação dos manifestantes presos no Chile por ordem do presidente de direita Sebastian Piñeira, e, do argentino Sebastian Romero, preso em seu país durante os protestos contra a reforma da Previdência, ainda no governo Rogério Macri.
Importância do 31° CNFBB
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, agradeceu a participação dos delegados e ressaltou a importância do congresso para a Campanha Nacional dos Bancários e para a luta específica dos funcionários.“Vivemos um momento difícil de nossa história, tanto no país e no mundo, quanto no banco. Querem acabar com tudo o que é público, com tudo o que possibilita o povo brasileiro a ter uma vida melhor. Não podemos ver isso e ficarmos calados. Temos que mostrar que o Banco do Brasil é o do povo brasileiro”, disse Fukunaga.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, declarou que a defesa dos bancos públicos está no centro da campanha nacional dos bancários deste ano. “O movimento de agricultores familiares costuma dizer que ‘se o campo não planta, a cidade não janta’. Vou adaptar esse lema acrescentando que se os bancos públicos não financiam, os produtores rurais não conseguem plantar”, disse.
“Nos debates de hoje vimos o quanto o Banco do Brasil é importante na concessão de crédito para os produtores rurais e também para as micros, pequenas e médias empresas. E ao Banco do Brasil se soma as ações da Caixa, do BNB, do Basa e dos demais bancos públicos. São eles os responsáveis pelo desenvolvimento do país e serão eles que nos ajudarão a sair da crise na qual nos encontramos. Por isso, a defesa do BB e dos demais bancos públicos será o ponto central de nossa Campanha Nacional”, completou a presidenta da Contraf-CUT.
Mesa única
O coordenador da CEBB também ressaltou a importância da unidade da categoria e da manutenção da mesa única de negociações com os bancos públicos e privados. “A primeira premissa dessa campanha é defender a mesa única de negociações. Só a nossa unidade pode fazer que a gente saia com vitórias dessa campanha”, destacou. “Além do mais, defender a mesa única é também defender o Banco do Brasil e os direitos dos funcionários”.