Domingo, 12 Julho 2020 16:15

BB é fundamental na recuperação da economia

Na mesa “O banco é dos brasileiros”, no 31ºCNFBB, o economista Murillo Francisco ressaltou a importância do Banco do Brasil como instituição de Estado, imprescindível para o desenvolvimento do país e para ajudar o país a se recuperar no pós-pandemia. “A pandemia paralisou a economia. Prejudicou o capital de giro das empresas e o desemprego, que já estava em alta, aumentou ainda mais. Além dos 12,8% de desempregados, existem outros 17 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego e não são considerados como desempregados pela pesquisa do IBGE. Isso dá um número muito grande que chega a cerca de 30 milhões de pessoas desocupadas”, observou o economista.

Segundo Murillo, houve redução enorme dos postos de trabalho em várias áreas da economia, o que gerou uma queda de 7,3 bilhões na massa de rendimento, com consequência no aumento do endividamento e da paralisação da economia. Neste contexto, os bancos estão sendo muito criteriosos na concessão de crédito e as empresas não conseguem ter aceso aos recursos. “Em situação de crise e de aumento de risco, os bancos retiram crédito, aprofunda a crise, não ajudam na sua superação”, destacou o eco nomista.

Murillo disse que, se observarmos os dados, veremos que teremos uma profunda e prolongada crise econômica e a atividade bancária, de concessão de credito, está sendo barrada por essa perspectiva. “É aí que entram os bancos públicos. Neste contexto os riscos têm que ser compartilhados e a gente precisa de concessão de crédito com análise diferente da do mercado e prazo mais alongados. O mercado não se dispõe a isso”, disse o economista.

Banco dos brasileiros

Outros participantes falaram sobre o papel desempenhado pelo BB no microcrédito, crédito para pequenos e microempreendedores, para agricultura familiar e a importância deste patrimônio para a sociedade brasileira. Leonardo Penafiel Pinho, presidente da Unisol Brasil e vice-presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, lembrou que os funcionários neste congresso estão defendendo o BB não por uma questão apenas corporativa mas em defesa do desenvolvimento nacional. Disse que a Unisol reafirma seu compromisso com um Banco do Brasil público, voltado a uma agenda de desenvolvimento sustentável e desenvolvimento social.

Defendeu o BB público ao mostrar as transformações sociais que o banco realiza ao seguir um modelo de desenvolvimento social. “A carteira de negócios de impacto social do banco movimentou por volta de R$ 70 bilhões em saldo, só o ano passado. Esses arranjos produtivos criam uma indução econômica que movimenta parcelas importantes do PIB brasileiro. Nós estamos falando de um banco indutor de desenvolvimento, um banco indutor de desenvolvimento ustentável, atrelados à agenda 2030.”

Fundos de Previdência

Em sua palestra, o diretor de Seguridade da Previ, Marcel Juviniano Barros, destacou a importância dos bancos públicos e de seus fundos de previdência na dinamização da economia do Brasil, principalmente no interior do País. “O maior pagador de benefícios, como os do INSS, é o Banco do Brasil. Trabalhei em agências do Interior e vi que o banco público é o maior pagador. Os bancos privados ficam só nas capitais. Em Alagoas, por exemplo, são os bancos públicos que estão nas cidades do Interior. Não interessa para os bancos privados ir para essas cidades”.

Os bancos públicos, destacou Marcel na palestra, colocam seus investimentos em empresas que vão gerar a riqueza do país. “O investimento da Previ vai fazer o país crescer. São os bancos públicos que têm esse compromisso”, disse. Marcel falou que se o ministro da Economia, Paulo Guedes, tivesse compromisso com o Brasil, faria com que os investimentos dos bancos privados fossem também colocados na produção do País. As diferenças entre as políticas de investimentos dos bancos públicos e os privados, para Marcel, precisam ser debatidas no movimento popular.

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