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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A diretora do Sindicato dos Bancários do Rio Luciana Vieira recebeu na última segunda-feira, dia 6 de julho, denúncias sobre a contaminação de funcionários na Agência Empresa do Banco do Brasil da Rua Nicarágua, na Penha. A situação da unidade se agravou devido à falta de observância aos protocolos normatizados pelo próprio banco. Segundo os relatos dos trabalhadores, os funcionários expostos à contaminação não tiveram a imediata tomada de decisão de fechamento da agência pelo gestor, colocando em risco não apenas os próprios empregados como também os clientes e a população daquela região.
"Tem sido recorrente no Banco do Brasil a displicência de gestores com os protocolos de prevenção da doença. Não é a primeira denúncia desse tipo que o Sindicato recebe", disse a dirigente sindical.
Sindicato cobra providências
Após a denúncia, o Sindicato entrou em contato com a Gepes Rio (Gerência Regional de Gestão de Pessoas) para cobrar a condução correta dos procedimentos. Após a pressão feita pela sindicalista, a agência foi fechada para higienização e sanitização e os funcionários foram dispensados para casa até que houvesse a descontaminação do local de trabalho.
Dois funcionários além do próprio gestor apresentaram sintomas e foram encaminhados para exames. Um dos funcionários já obteve o resultado positivo do exame. Segundo as denúncias o gestor da agência teria sido o primeiro a apresentar sintomas, mantendo, apesar disso, o contato com todos os funcionários, inclusive os que estavam em Home Office e que tiveram de retornar à agência para configurar o laptop a fim de realizar o serviço em casa.
“É uma irresponsabilidade da direção do banco deixar a cargo de cada gestor quais medidas devem ser tomadas. Isto cria discrepâncias na solução do problema e abre espaço para irresponsabilidades e risco num momento de avanço da pandemia no país”, acrescenta Luciana.
Somente após a intervenção do Sindicato e através da Gepes Rio foram tomadas as medidas necessárias.
“Vamos continuar acompanhando a situação desta agência e estamos atentos também em relação às demais unidades para que haja o cumprimento dos procedimentos corretos e a vida dos bancários não seja colocada em risco”, completa a sindicalista.
Ato criminoso
O diretor do Sindicato Roberto André, que além de bancário é advogado, questionou a a condução do caso pelo gestor.
"Disseminar contágio de doença grave, expondo o próximo à contaminação é um ato criminoso e devidamente tipificado no código penal. Nesse sentido, cabe a reflexão: a defesa do próprio emprego merece o risco de uma ação penal, promovida por outro colega que venha a se contaminar?", disse, referindo-se ao artigo 131 do Código Penal.
As irregularidades observadas pelos bancários devem ser denunciadas ao Sindicato pelo WhatsApp dos dirigentes sindicais ou através do Chat disponibilizado no site da entidade sindical.