Segunda, 06 Julho 2020 22:54

BB: Encontro Estadual destaca importância da unidade contra privatização e retirada de direitos

Resoluções sobre Previ, Cassi e Home Office com direitos também serão debatidos no Congresso Nacional dos funcionários de 10 a 12 de julho

A defesa do Banco do Brasil como parte da luta dos bancários e bancárias contra a privatização das instituições públicas é uma das prioridades do funcionalismo na Campanha Nacional deste ano. O anúncio foi feito por participantes do 22º Encontro Estadual dos funcionários do BB do Rio de Janeiro, realizado na sexta-feira, dia 3 de julho, por meio digital em função do novo coronavírus.

A intenção de o governo Bolsonaro privatizar os bancos públicos já foi anunciada publicamente pelo presidente da empresa, Rubem Novaes e em várias ocasiões por Paulo Guedes.

Análise de Conjuntura

O encontro foi aberto com uma análise da atual conjuntura política e econômica do Brasil e seus efeitos sobre os bancários e demais categorias de trabalhadores. O vereador Reimont (PT), que também é bancário do BB destacou “a importância do papel social do banco nas políticas socioeconômicas” e disse que “a defesa das instituições públicas deve ser feita pelos trabalhadores, mas também pelos parlamentos em suas instâncias municipais, estaduais e federal”.

João Fukunaga, coordenador Nacional da Comissão de Empresa do funcionalismo falou das “dificuldades da atual conjuntura para o cenário das negociações com o banco e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e ressaltou ainda a importância da “vitoriosa estratégia da mesa única de negociação” para a garantia de direitos e conquistas da categoria.
Márcio de Souza, Diretor de Administração da Previ, o fundo de previdência complementar dos trabalhadores do banco, também falou da ameaça real de privatização do BB e da necessidade de unidade e mobilização para impedir esta onda privatista no país, que se concretizada, resultará em prejuízos para a previdência complementar e o país.

Função social ameaçada

Entregar o BB e a Caixa Econômica Federal ao setor privado é um antigo sonho do cartel do sistema financeiro nacional, colocando em risco o papel social das instituições públicas. “O Banco do Brasil tem um papel relevante para a concessão de crédito para pequenas empresas, para o médio empreendedor e também para a agricultura familiar”, lembra a representante do funcionalismo no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca.

O fechamento de agências, a defesa da Cassi e da Previ e o combate às metas abusivas também estiveram na pauta do encontro.

Na avaliação do diretor do Sindicato Alexandre Batista, o encontro estadual foi bastante produtivo. “Tivemos a oportunidade de discutir temas relevantes que serão encaminhados ao nosso encontro nacional, entre eles a manutenção de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho, o controle do ponto eletrônico, evitando o trabalho fora do horário em Home Office e unidades físicas, entre outras demandas”, disse

Os sindicalistas defenderam ainda uma regulamentação do teletrabalho. O movimento sindical cobra que a empresa subsidie os custos maiores de luz, água, internet e ligações telefônicas destes trabalhadores e preserve as conquistas da categoria.

“É fundamental o acesso da representação sindical para monitorar as condições de trabalho também no home Office e não abrimos mão da manutenção dos acordos coletivos”, disse a diretora do Sindicato Rita Mota, membro da Comissão de Empresa dos funcionários do BB.

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