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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Logo após o Banco do Brasil anunciar, na quinta-feira (13), um lucro de R$ 18,162 bilhões em 2019, o presidente do banco, Rubem Novaes, anunciou que a parcela referente ao segundo semestre de 2019 da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) será paga aos funcionários no dia 5 de março.
Além de anunciar a PLR, Novaes disse que “após resultado fraco em gestão petista, banco começou a escalada”.
O Movimento sindical rebateu a declaração de Novaes de que “o banco começou uma escalada após o resultado fraco nas gestões petistas”.
“Somente com a reestruturação atrapalhada que concentrou as gerências PJs, em 2017, durante o governo Temer, o banco perdeu 51% da carteira de crédito de micro e pequenas empresas e nada disso foi em gestão petista”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
Preparando a privatização
Os sindicatos denunciam que o governo está preparando o BB para a privatização, reduzindo o quadro de pessoal, fechando agências, extinguindo departamentos e limitando a capacidade de fomento.
“Essas medidas tiram o caráter público do banco e o aproxima de tudo aquilo que os bancos privados têm de ruim: se importam muito mais com o lucro do que com o atendimento das necessidades dos clientes”, disse.
Segundo dados do Balanço apresentado nesta quinta-feira, durante o ano de 2019, o banco havia reduzido seu quadro de funcionários em 3.699 postos de trabalho. Foram fechadas 366 agências no período.
“As pessoas que necessitam da agência bancária precisam se deslocar por longas distâncias, muitas vezes têm que ir a outras cidades para poder contar com os serviços bancários. Quando a encontram precisam enfrentar longas filas por causa da redução de funcionários e da concentração da demanda”, disse Fukunaga ao reforçar que a cada ano aumenta o número de cidades sem nenhuma agência bancária.
“O serviço bancário é uma concessão pública. Os bancos têm papel social a cumprir. Um desses papéis é justamente o de garantir o acesso aos serviços bancários para toda a população. Ao fechar agências e demitir funcionários o banco pode até economizar recursos e aumentar seus lucros. Mas, deixa de cumprir seu papel social. O Banco do Brasil, como banco público, deveria estar preocupado em atender a população com qualidade e respeito”, concluiu.