Sexta, 19 Janeiro 2018 00:00

Funcionários denunciam “cachorrada” de Temer contra o Banco do Brasil

Os funcionários do Banco do Brasil fizeram, nesta sexta-feira (19/1), protestos em todo o país, como parte do Dia Nacional de Luta. O objetivo foi denunciar à população o novo golpe do governo Temer, imposto pela diretoria do BB através do Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que vem gerando a redução de direitos e remuneração, corte de funções e fechamento de postos de trabalho.

A manifestação foi convocada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos dos bancários. O PAQ foi denunciado ainda como parte do processo de preparação da privatização do banco que vem sendo implementado através do seu progressivo esvaziamento.

No Rio de Janeiro, os funcionários participaram de uma manifestação em frente ao prédio do BB da Rua Senador Dantas, convocada pelo Sindicato. Foi servido cachorro quente à população, como forma de denunciar a “cachorrada” de Temer contra este importante banco público voltado para o desenvolvimento econômico e social do país e que vem sendo desmantelado.

Em 2016, uma grande reestruturação acabou com 9,4 mil vagas, fechou centenas de agências e unidades administrativas. No último dia 5 foi anunciada a imposição do Programa de Adequação de Quadros (PAQ), seguindo a mesma lógica da desestruturação, com a transferência compulsória de funcionários e incentivos à remoção em praça priorizada.

Toda a sociedade perde

Ao mesmo tempo, o BB divulgou a extinção de vagas em todo o país. Só de caixas foram 1.200. Para Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato, que participou do ato do Sedan, estas são medidas que visam preparar a privatização. “Além de um ataque cruel contra os funcionários e a ampliação do esvaziamento do BB, as medidas vão gerar a piora dos serviços prestados.

O objetivo cada vez mais claro é facilitar a venda através do enxugamento da estrutura e da redução da resistência da sociedade”, afirmou.

Segundo Adriana, estes ataques, desde 2016, já fecharam cerca de 540 agências e mais de 10 mil postos de trabalho. “O funcionalismo do Banco do Brasil não é o único que perde com o esvaziamento desta importante instituição, mas toda a sociedade. Por isto mesmo, é preciso resistir a mais este ataque contra o povo brasileiro, parte do receituário de Temer de retirar direitos e passar para as mãos de grupos econômicos privados nacionais e estrangeiros nossas estatais e reservas minerais, como a de petróleo e a própria Petrobras”, frisou.

Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, disse que a reestruturação de agora e a anterior são um enorme desrespeito aos funcionários e geram uma instabilidade generalizada. “As medidas impactam negativamente na carreira, retirando funções, reduzindo a remuneração e deixando colegas sem saber se conseguirão uma nova colocação”, argumentou. Rita acrescentou que o Sindicato e a Comissão de Empresa vêm monitorando de perto e discutindo toda a situação com a Grência (Gepes) e a Direção de Pessoas (Dipes) para garantir que sejam respeitados os direitos de todos.

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