Quinta, 11 Janeiro 2018 00:00

BANCO DO BRASIL/SANTA CRUZ - Caos no atendimento coloca em risco integridade física de funcionários

Bancários que distribuem senhas para serviços de caixas são ameaçados por clientes e ficam expostos a riscos em um dos bairros mais violentos do Rio

 

A política de reestruturação imposta pela direção do Banco do Brasil, que tem resultado em corte de postos de trabalho tem gerado um verdadeiro caos no atendimento à clientes e usuários. É o caso da unidade de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. A situação chegou a tal ponto que os funcionários que trabalham na triagem para a distribuição de senhas de acesso aos caixas, estão sofrendo ameaças de clientes e usuários. Por orientação do banco, o número de senhas para ingressar no interior da agência, passou a ser limitado pela metade. Mas irritados com a demora no atendimento, as pessoas pressionam os bancários.

“Em dias de pico o BB coloca somente um funcionário para fazer a triagem. Há casos de clientes que jogaram copo de água na cara e outros que bateram com a mão no peito do bancário. Já houve até ameaça de morte e há um companheiro que parou na CTI de um hospital com problemas cardíacos. A empresa está colocando em risco a integridade física e até a vida destes trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato, Marcos Rosa.

Falta segurança

Os funcionários do caixa fazem rodízio no trabalho da triagem, que é realizado no hall do autoatendimento, local que não possui nenhum tipo de segurança.

“Todo mundo sabe que a Zona Oeste é hoje uma das regiões com um dos mais altos índices de violência na cidade. Além de serem pressionados pela clientela, estes bancários correm risco caso bandidos entrem para assaltar a unidade. É preciso garantir a segurança dos funcionários e dos clientes”, alerta o diretor do Sindicato José Henrique.

Sindicato reage

Marcos Rosa e José Henrique entraram em contato com a área administrativa da unidade para cobrar uma providência. O banco garante que já há uma previsão para a transferência do setor de triagem de distribuição das senhas para o interior da agência, onde há a presença de seguranças, o que é uma antiga reivindicação do funcionalismo.

“Estamos acompanhando o caso e esperamos que as providências sejam logo tomadas para garantir a segurança dos bancários’, conclui Marcos.

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