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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em mobilizações nas principais cidades do país, na sexta-feira (9/8), os funcionários do Banco do Brasil deram início à resistência ao desmonte da estatal. Anunciado pela diretoria da instituição com o nome de reestruturação organizacional, corta postos de trabalho, fecha agências, além de reduzir a capacidade de investimento do BB, prejudicando, por isto mesmo, a sociedade.
No Rio de Janeiro, diretores do Sindicato e delegados sindicais percorreram as dependências (escritórios digitais, superintendência, direção–geral, assessoria jurídica, entre outras) do prédio da Senador Dantas (Sedan). Distribuíram exemplares do Espelho BB, específico, repudiando o Plano de Adequação de Quadros (PAQ), parte do plano de desmonte. Um plano de incentivo às demissões, o PAQ foi anunciado no dia 29 de julho. Visa a extinção de funções e redução de 2.300 postos de trabalho, além do fechamento de 333 agências, com o corte do mesmo número de gerentes-gerais, e a redução de nível de mais de 550 outras para postos de atendimento.
Mais uma decisão do governo Bolsonaro que impactou negativamente o BB foi a ordem do Ministério da Economia de entrega antecipada de dividendos ao Tesouro Nacional. Os recursos poderiam ser utilizados em financiamentos.
Sem solução para a Cassi
Para Rita Mota, o BB deveria antecipar, também, o repasse da PLR aos funcionários. Até porque o lucro deste semestre (R$ 8,679 bilhões, crescimento de 38,5%) dá ao BB todas as condições para que isto seja feito. Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários lembrou que.apesar da antecipação dos dividendos, e do lucro alto do BB, o governo continua negando-se a encontrar uma solução conjunta com os funcionários para a Cassi.
Na apresentação de resultados da Caixa de Assistência apresentou os números do déficit, porém, sem apresentar perspectiva de solucionar o problema financeiro. Pelo contrário, o presidente da Cassi, Denis Corrêa, frisou que o banco mantém as mesas exigências de antes, chantageando o funcionalismo. “É urgente a reabertura de mesa de negociação entre os patrocinadores da Cassi – BB e funcionários – para a solução imediata do déficit”, cobrou.